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Este blogue é um espaço onde tento conjugar a divulgação do meu trabalho de pintura, através das publicações abertas a comentários, e a publicação de outras matérias na coluna lateral e nesta zona, ao alto da coluna principal.


Os assunto e conteúdos que aqui coloco, em paralelo com a pintura que faço, relacionam-se com as minhas opiniões e opções no exercício do acto de viver. Isso, como tudo, resulta de um compromisso entre livre-arbítrio e determinismo, de racionalismo e sensibilidade, de consciência e intuição, de ponderação e impulso.


Não será possível resumir neste espaço o meu pensamento acerca do mundo actual e do que é indispensável alterar para viabilizar um futuro, em que a nossa espécie assegure a sobrevivência da vida como a conhecemos, de uma forma que respeite a sua organização estrutural. Penso que em qualquer de nós tudo existe. A capacidade para fazer num sentido e no seu oposto. Cada um tem os seus conceitos de bem e de mal, se bem que há tendências mais universais. Para mim basta-me considerar por bem o que estabiliza, harmoniza, promove prazer e bem-estar, respeita e aceita e se constrói permanentemente na consciência da pertença a uma unidade global. A consciência do mal estará no extremo oposto. É uma forma simplista e não mais que um recurso para estabelecermos regras de conduta, para assumirmos a responsabilidade que os nossos recursos desmedidos para interferir no meio em que vivemos, nos confere.


A falta de um sistema político adequado para a gestão das sociedades que promova um papel social, de cada um, devidamente equilibrado no deve e haver, estabelecido no respeito sagrado pela dignidade de cada pessoa, é um sintoma de um mal que se avalia pelo exame da nossa História Universal. Se avaliarmos os registos da história política, das artes e do pensamento, verificamos que há um padrão de comportamento humano que é inerente à sua condição e que não tem mudado ao longo dos milénios. Depois vemos que tudo se repete, em ciclos. E verificamos que a velocidade das transformações evolui exponencialmente, porque tudo é um pulsar. A explosões sucedem-se retracções.


Neste momento não sabemos em que ponto estamos, mas sabemos que se não alterarmos o nosso comportamento, estaremos a construir uma destruição num apocalipse de dor e sofrimento em que a nossa arrogante inteligência fará a afirmação de ser a mais negra estupidez do Universo conhecido.




ASSINE PELA ABOLIÇÃO GLOBAL DA PENA DE MORTE

BASTA A POSSIBILIDADE DE INOCENTES SEREM CONDENADOS À MORTE PARA A ABOLIÇÃO SER IMPERATIVA


No passado dia 10 de Outubro foi o Dia Mundial pela Abolição da Pena de Morte. Duas semanas antes, a 25 de Setembro, o Brasil tinha-se tornado o 72º país a abolir a Pena de Morte do seu sistema penal, sem possibilidade de retrocesso.


Este é, ainda hoje, um tema polémico. Confrontados com a violência que espreita a esquina do quotidiano da pessoa mais serena e pacífica, e com a consciência que a divulgação mediática que existe dessa mesma violência muitos são os que apesar da sua boa personalidade cívica e humana, hesitam ou, nem por isso, antes apoiam a pena de morte como solução para conter e castigar os crimes que atingem inocentes.


Pessoalmente, expresso aqui uma opinião que assume uma série de implicações, pelo que não quero fazê-lo, sem fundamentar a minha posição e assumir a consciência desses fundamentos. Estou consciente do privilégio que representa nunca ter sido alvo de episódios de relevante violência. Consigo, talvez por defeito, mas quanto baste para entender o estado de espírito de quem sofreu sérias circunstâncias
de ofensas pesadas à sua integridade física, atentados ou até assassínios dos que lhe são próximos.Há casos e circunstâncias em que os ofendidos poderão encontrar argumentações que sustentem uma execução num caso específico. Há até casos de assassinos que querem morrer. Há muitos que até se suicidam no corredor da morte, seja pela incapacidade de lidar com a culpa ou com a desumanidade da tortura da espera. No entanto, há uma coisa de que todos temos de estar conscientes. Num determinado sistema penal há ou não há pena de morte. E temos de estar conscientes de uma outra coisa. Nenhuma lei que exista em qualquer país, para qualquer efeito, tem garantia de ser sempre exemplarmente aplicada. Os casos são julgados por pessoas e por elas são aplicadas as penas. As pessoas detêm poderes e têm interesses que, por vezes são difíceis de identificar até para os próprios porque estão nas esferas obscuras das ideologias e das afectações de carácter e que são determinantes nas decisões. Pesa, para mais, que a maioria dos locais onde a pena de morte ainda é aplicada, e onde é necessário que seja abolida, são aqueles onde os atropelos à isenta aplicação da lei são mais fáceis.


Não é defensável que estejamos vulneráveis à violência social. Sabemos que há seres humanos cuja monstruosidade de comportamento alimenta as vendas e audiências dos meios de comunicação com a evidência de que não terão a mínima viabilidade de recuperação. No entanto, defendo que as sociedades terão de encontrar métodos de prevenção e de regulação destes fenómenos que estão completamente associados à própria natureza humana e à forma como se gerem políticamente as sociedades. Acredito que um eficaz combate à miséria existencial e um sistema de educação humano e adequado resolverá uma grande parte do problema. A aplicação rigorosa dos direitos humanos, já reconhecidos, outra parte. Só que o que poderia ser fácil, não o é, e esse estado, demorará a ser atingido, se algum dia o for à escala global. Até lá, os crimes e as agressões continuarão. E a necessidade de lidar com eles, sem passar pela eliminação física do criminoso. Porque basta a possibilidade, em aberto, de um inocente condenado para inviabilizar que se possa manter uma lei que o permita. Nos Estados Unidos, onde ainda existe, como sabem, pena de morte nalguns estados, já se tem descoberto inocência, e conduzido à libertação de presos, numa espera que chega a durar 20 anos.


Perante estes factos só é possível defender a abolição da pena de morte, sem excepção do local geográfico, da natureza dos crimes, das características do criminoso ou do método de execução utilizado. É um princípio e um conceito a eliminar para atingir um mundo melhor.


Como nota final, registo o facto agradável de Portugal ter sido a vanguarda da abolição da Pena de Morte. Foi introduzida pela Reforma Penal de 1867, tornando-nos no primeiro país a aprovar uma lei desta natureza. Notável, para um país, em que em 1476, os registos reais dão conta daquilo a que chamam "uma lei mais humana" referente à decisão de D.Afonso V de proferir uma sentença em que só o marido podia matar a mulher culpada de crime de fugir ao marido, pecando-lhe na lei do casamento.


ATENÇÃO - ESTE VÍDEO MOSTRA A CRUELDADE HUMANA PARA COM OS ANIMAIS

Nos dias de hoje, só a ganância do lucro, o desprezo pelo sofrimento alheio e a crueldade para com as outras formas de vida, explicam as experiências com animais em laboratório, para fins médicos, cosméticos ou outros. No total alheamento pela dignidade da vida e pelo seu carácter sagrado, animais dotados de consciência e sensibilidade elevadas são torturados com objectivos militares e científicos, por vezes durante anos a fio, passando existências inclassificáveis. A engenharia genética que tem sido, tantas vezes, usada em más direcções, providencia afinal os meios que permitem avançar a medicina sem o uso deste tipo de práticas, mas elas continuam a ser usadas.
Impõe-se que todos os que temos consciência do mal no exercício destas práticas cruéis e que com elas não queremos pactuar, nos informemos, de quais as empresas que comercializam produtos ou medicamentos resultantes destas experiências. Felizmente o mercado actual dá alternativas para se evitar um consumo que suporte essas actividades.

NÃO À SENTENÇA DE MORTE - Não deixe o seu cão velho na rua, nas noites frias!

Chained Dogs

CLIQUE NA IMAGEM ACIMA E VISITE O SITE DA PEOPLE FOR ETHIC TREATMENT OF ANIMALS

Se tiver dificuldades com a língua inglesa faça uso da ferramenta de tradução do Google. Não é perfeita, mas permite-lhe ter uma ideia muito aproximada dos conteúdos.

MOSTRA VIRTUAL DE PINTURA

sábado, 26 de setembro de 2009

AO OLHAR PARA NÓS

Não foi, certamente essa a razão, mas poderia ter sido. O senhor macaco-rhesus ou resu que foi o modelo para a fotografia de base a este retrato, poderia ter olhado para os humanos em frente dele, e em face dos comportamentos exibidos, ter tido esta reacção.



Decidi fazer este retrato para abrir um espaço de reflexão sobre o indíviduo, a sua relação connosco e a forma como dele nos aproveitamos e o exploramos. Com todo o carinho e respeito o incluo nesta galeria de pinturas, para o evocar, sem o perturbar, pese o uso do original que para isso serviu. Sem críticas que não sejam equilibradas pelo apreço ao trabalho, pois que se assim não fosse não tinha havido lugar a esta publicação.




Mac Totalweb
Reso surpreendido
Pastel seco sobre papel negro
50x65cm - 2009




Macaco-rhesus ou reso (Macaca mulatta)
Este macaco é um primata que tem o seu habitat nas florestas da China, Afeganistão e Índia.
Com uma altura média de 50/60 cm, pesa à volta de 13 Kg. É omnívoro e tem uma gestação à volta de seis meses de que resulta uma única cria, muito dependente dos cuidados maternos nos primeiros tempos de crescimento. Vivem em grupos sociais de mais ou menos duas dúzias de indivíduos, de ambos os sexos, e têm uma longevidade até 30 anos. Tem a particularidade de ser um excelente nadador.

Detalhe triste: É uma escolha preferencial para estudos e experiências laboratoriais. Por exemplo, o factor Rh do sangue foi demonstrado, pela primeira vez, num macaco destes.







Mac Detalho dois web




Fiz este retrato, inspirado no conteúdo de um livro da fotógrafa norte-americana Jill Greenberg. Com uma carreira na fotografia de moda encontrou-se, por via da produção de um anúncio, em face de uma macaca para fotografar. Impressionada pela inteligência da modelo e pelas expressões e emoções humanas demonstradas, a fotógrafa decidiu fotografar o animal para além do objectivo do anúncio. Foi o início de um projecto de cinco anos, durante os quais fotografou trinta macacos de diversas espécies.




Página web de Jill Greenberg:





Ver na coluna lateral, no espaço de fotografia, o vídeo dedicado a este trabalho fotográfico e no espaço de leituras a informação relacionada com o livro.



O projecto deu lugar a uma exposição das fotografias numa galeria de Los Angeles. Um dos presentes, realizador de cinema, fez um comentário ao evento, donde extraio a seguinte passagem:


“ fui à exposição porque a foto do convite me atraíu. Tive a surpresa de me cruzar com muitos conhecidos, que não via há muitos anos. Conforme entravam no espaço da exposição, com um copo de vinho tinto na mão, fui invadido por um sentimento de mal-estar e opressão.  Essas pessoas pareciam, como sempre, simpáticas e inteligentes, mas  lembravam-me um tipo triste e bizarro que eu conhecera: eu próprio. Era o melhor estado de espírito para observar as fotografias de macacos de Jill.
…as fotografias fizeram-se no espelho da minha própria confusão. Há um nível em que somos visivelmente homens, e outro em que a nossa evolução na vida e a nossa caminhada em direcção à morte contrariam todas as nossas tentativas para sermos seres humanos decentes.
Estas fotografias têm um sentido e são desprovidas. São sublimes e ridículas. Revelam exploração dos modelos e respeito. São cómicas e tristes. Agradam-me muito.”
                                                                                                                                                                                                                                                 Paul Weitz






Mac Detalho um web





“As expressões de Katie (a primeira macaca fotografada, por acaso, para o anúncio) eram muito humanas e a sua inteligência saltava aos olhos. Percebi que tinha encontrado um novo tema, ideal para um estudo sociológico. Depois de começar este trabalho, em Outubro de 2001, logo após os acontecimentos trágicos de 11 de Setembro, descobri em mim uma consciência sociopolítica. A interpretação das atitudes destes animais pode-se aproximar à do comportamento dos seus primos próximos.”
                                                                                                                                                                                                                                            Jill Greenberg





Com as minhas lembranças e evocações das leituras de Desmond Morris, no final da minha adolescência, deixo mais uma homenagem sentida a estes seres que respeito afectuosamente.



32 comentários:

mariabesuga disse...

Sabes que do olhar deles ao nosso, humanos que somos, não vai diferença que não seja a de no nosso existir o mal que o deles não tem.

Humanos que somos… Evoluídos que nos julgamos… fazemos a relação com qualquer bicho dito animal num sentido de superioridade a que nos julgamos com direito. Direito que não temos. Alguns de nós até sabemos disso mas não somos suficientes para cortar pela raiz o mal que se lhes faz no uso feito dos seus seres com a desculpa de ser em nosso benefício, espécie privilegiada que assumimos ser . Como se a isso tivéssemos direito!...

Impressionada ficou a fotógrafa que referencias e de tal forma que resolveu dedicar-se a um trabalho e em boa hora que nos chega e nos dá a conhecer na vida o potencial de inteligência destes seres a que se dedicou. Não fora essa sua decisão e não teríamos nós o contacto com tal realidade. Mais pobres de conhecimento nós, portanto.

Assim temos de facto matéria para reflexão de como aos seres de que nos aproveitamos devemos respeito tal como uns aos outros de nós.

O meu respeito pelos seres que habitam o planeta que partilhamos é extensível a estes macacos que saltam da exposição de fotografia e do livro da Jill Greenberg para o teu/nosso interesse. Aqui os trazes ao conhecimento de outros dando mostra de uma realidade que pode despertar consciências…

Quanto ao trabalho propriamente dito, o teu, revela a cada vez maior capacidade a nível técnico.
A cada trabalho um passo mais além até ao nível do teu contentamento que sabemos inatingível pois queres sempre mais e mais no que tem a ver com a perfeição.

O meu beijo aqui da cadeira do lado (como tu próprio costumas dizer)

O Encapuçado disse...

Moço, Pintor, afogas-me em tanta sabedoria!... Nem sei que dizer, pois está tudo dito, pesquisa, dados, vidas, formas de existência, enfim...apenas digo que a expressão da macaca é igual à nossa quando damos de caras com alguém que tem formas de viver, fora do nosso contexto!...ou seja, há gente cruel, terrivel, má, para os animais e para os seus próximos!...
Beijinho da laura. A pintura, como sempre, parece uma foto, tal a realidade da imagem. Força pintor!...

luisa vale- fotografia disse...

Belíssimas pinturas… Belíssimas estórias… Belíssimo trabalho… Belíssimo blog… Parabéns!

luisa

Je Vois La Vie en Vert disse...

Caro amigo,

O retrato é lindíssmo !

Acho que é muito parecido comigo porque estive com esta cara alegre durante todo o dia ontém por ter sido muito mimada e feliz. Ontém fiz 56 anos !

Parabéns, retrataste-me muito bem ! :-D

Beijinhos da

verdinha

Fá menor disse...

E que homenagem, amigo!

Ele tem mesmo o ar de quem se está a espantar com os humanos...
que estará ele a pensar?: "Estes têm a mania que são bons!" lol

Boa semana!

Bjos

Susn F. disse...

Antonior,

Gosto muito de vir até este seu espaço e admirar a forma como expõe a sua percepção do que o rodeia. Os pormenores da expressividade do olhar surpreendido da macaca são muito próximos da realidade, neste caso uma realidade inteligente que sofre nas mãos de outros ditos também inteligentes.

Um Abraço.

Maria disse...

Antonio:
Eu não tenho o factor -rhesus, estudado a partir deste simpático macaco. Como já disse à Maria, o meu sangue é O RH negativo. Já me deu problemas e alegrias. Quando precisei de levar sangue, foi um problema. Quando o dei, várias vezes foi uma alegria enorme poder salvar uma vida.
Acho os macacos um delícia. Pena cheirarem tão mal. As suas atitudes tão parecidas com as nossas, despertam em mim uma ternura enorme. Ver uma mãe macaca a embalar um filho, é tão humano!
As suas mãos são tão parcidas com as nossas. Adorei este post.
Beijinhos de cá para aí.

~*Rebeca*~ disse...

Néctar da Flor oferece mais um selo para os amigos. Dessa vez é o Selo Criativo que entra na roda dessa nossa felicidade. Não existem regras, apenas levem mais um dengo nosso e deixem a originalidade do seu blog falar por si.

Beijos jogados no ar, sempre!


-

Isabel disse...

saúdo.O."Os".



certa do talento raro de quem vê caras e corações e almas na expressão vária da vária humanidade.



ausente mas nunca esquecida.


até breve. e obrigada. muito.


.piano.

~*Rebeca*~ disse...

Antonior,

É muito bom ler seus comentários, sentimos sabedoria em cada palavra lida.

Dia de luz!

Rebeca

-

Kim disse...

Antonior! Cada vez que me demoro na observação dum símio fico com a quase certeza de que descendemos mesmo deles. É tudo tão parecido com! Os gestos, os olhares, as atitudes.
E como de costume, a pintura está um espanto. Já vai sendo hábito embasbacares-me com as tuas pinceladas. Gosto imenso!
Abraço amigo

AFRICA EM POESIA disse...

Antonior


Ando um pouco "agitada" mas ao mesmo tempo calma...
pois dia 6 de Outubro regresso à escola depois de uma grande paragem mas foi-me negada a reforma por invalidez e tenho que aguentar.. mas...estou com um pouco de "medo".


mas sei que vai correr bem...
um beijinho

Gabriela Rocha Martins disse...

reflexo de um olhar

(melhor)

de dois - quem pinta .o pintado

uma sensibilidade. ou duas?


de qualquer modo, o registo




.
um beijo

Cândida Ribeiro disse...

Senti o coração bater, apressadamente, de contentamento por ver tão magnífica pintura.
Não só pela perfeição que o artista transmite mas também pelo brilho que vi quando olhei os olhos da macaca.
Observei também o sorriso e o espanto dela quando se sentiu observada....a sua inteligência foi captada, não só na fotografia como na pintura e sinto-me ligada a ela, talvez por saber que sou apenas um pouco mais evoluída.
Macacos foram desde criança, altura que um vizinho meu trouxe um de África, a minha verdadeira paixão. Passeávamos, de vez em quando, no jardim de mão dada e o meu sonho era um dia ter um só para mim....este não passou de um sonho.
O tempo passou, quase sem dar conta, e hoje avivo aqui essas memórias de criança e sinto que os meus olhos se embaciam.
Que condão terá o Antonior de pintar animais que algo têm haver comigo?
Nada acontece por acaso e tenho consciências de que todos somos UM....talvez seja por isso!
Acredito que outras pinturas suas vão avivar em mim algo que ficou adormecido e por isso espero pacientemente a próxima.
Volto para viver este Aqui e Agora e agradeço este momento de beleza e de tomada de consciência de que esta macaca é tão importante para o planeta como cada um de nós.
Obrigado pela sua presença aqui e no meu mundo colorido.
Um abraço

Belinha Fernandes disse...

Excelente, o macaco mas dos seus trabalhos recentes o meu predilecto é o cão.As pessoas são muito arrogantes.Acham que os animais são imperfeitos e inferiores porque nada podem contra nós que os dominámos.Pois é, eu cresci a comer carne e até gosto de casacos de couro.Por acaso não visitei ainda um zoo.Também não sou muito melhor que a maioria.Bem,eu hoje não estou muito inspirada para a escrita.Os meus blogues vão sendo actualizados mas sem qualquer regularidade.De cada vez que alguém elogia o Artsnack eu até tenho vergonha, a sério!Mas o tempo parece ser sempre pouco!Agora vem aí o Inverno e eu disperso-me menos.No Verão não consigo resistir ao apelo da praia e acabo por me perder nas areias!!Mas essa é uma das minhas maiores alegrias:junto ao mar,com o sol a brilhar, eu sinto-me mesmo serena e satisfeita com a vida, como se não precisasse de mais nada!Um bom fim de semana!

P.S.Comentei consigo que tinha ido a um workshop de ilustração?Vim de lá co o bichinho dos lápis de cor!Pode ser que seja agora que me reencontre com os meios tradicionais...

maré disse...

Acho que foi tudo dito nesta caixa de comentários Antonior.

sempre o entendi assim.
E por isso também tanto me impressiona o olhar destes primatas.
Seguiu a assinatura

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um beijo para a maria também

antonior disse...

Minha Maria Besuga,

Humanos que somos, como dizes. Na nossa consciência, mora a responsabilidade que tardamos a assumir, de substituir a nossa acção de virus destrutivo que somos, pela de zeladores do bem e da harmonia, para o que bastava, tão pura e simplesmente, paramos com as nossas intervenções de ingerência e passarmos por particar o respeito para com o que nos rodeia. Afinal, alinharmos o nosso comportamento pelo dos restantes organismos vivos, que na sua simplicidade tomam conta de si com perfeição e harmonia.

A fotógrafa é polémica. O seu trabalho tem tanto de denúncia como de exploração. A minha opinião é dividida entre o aplauso e a vaia. É complexo, porque ainda não percebi se há uma parte que “pese” mais. E, ainda que se descubra, não vai fazer desaparecer a outra. Ela fez recentemente um trabalho com crianças a chorar que tem levantado enorme polémica nos EUA e Canadá. No entanto tudo está contaminado com razões políticas. Passo a explicar. Talvez, pelas razões que ela refere nas palavras que diz, a propósito, deste trabalho dos macacos, após o 11 de Setembro criou uma profunda consciência sociopolítica. Do meu ponto de vista, isso não implicaria, um “alinhamento”, digamos assim. Mas pelos vistos ela, por exemplo, nestas últimas eleições estava do lado Obama. Mas como é muito reconhecida e solicitada, fez umas fotografias de um outro candidato. As fotos entre outras coisas, eram para cartazes e capas de revistas. Só que parece que ela aceitou o trabalho, cobrou, mas as fotografias desfavoreciam deliberadamente o candidato. Um escândalo justificado. Teria sido correcto, do meu ponto de vista, recusar e, divulgar esse facto, se assim o entendesse. Seria a sua forma de propaganda. Quanto às crianças que choram, foi um trabalho encomendado para ilustrar uma crítica à administração Bush. As crianças, mostravam ser infelizes naquela sociedade, chorando, desalmadamente, baba e ranho. Eram fotos de crianças imaculadamente bonitas de todas as raças. Uma amostra da povoação dos Estados Unidos. Fotos sofisticadamente produzidas e técnicamente perfeitas. Se calhar até demais. O “busilis” é que do estúdio foi “soprado” para o exterior o método que foi usado para pôr os miúdos no berreiro. Eram-lhe oferecidos chupa-chupas e quando eles os iam começar a comer eram-lhes roubados. Só depois das fotografias os recebiam de novo. Mais uma vez uma complicação do “arco-da-velha”. O que se há-de dizer?! Se por um lado representa uma crueldade, pequena, mas uma crueldade de qualquer maneira e crueldade sobre crianças, é de qualquer forma reprovável, condenável e devia ser impedida, por outro lado há quem defenda que para dar uma visão forte de uma realidade que pode prevenir as crueldades sérias em que as crianças atingidas não são “apenas” privadas de um doce por 5 minutos para depois o receberem de volta em conjunto com mais uma série de "benesses" que nunca teriam de outra forma, é aceitável. Estas teorias de que os fins justificam os meios são sempre duvidosas e, o que é pior, perigosas.

O facto de que uma simples fotografia pode não ser assim tão simples é matéria para reflexão.

Beijinhos, com carinho, aqui da cadeira ao lado.

antonior disse...

Laura,

Pois é verdade, nós somos muito parecidos com estes nossos “irmãos”. Em relação a alguns deles, o nosso ADN coincide me mais de 95%. Basta olhar para o rosto deles para perceber que o mal que lhes fazemos é um crime “qualificado”, já que crime é todo o mal e nós somos os maiores especialistas em praticá-lo.

Beijinhos

antonior disse...

Luisa,

Seja bem vinda neste espaço!

É com um agradecimento que registo o seu apreço pelos conteúdos que aqui publico.

Espero que continue a encontrar razões para cá voltar, porque a sua presença e testemunho comentado será apreciado.

antonior disse...

La Vie en Vert,

Atrasados, mas...

MUITOS PARABÉNS!!!!!!!!!!!!

Todos somos muito parecidos com estes nossos amigos. Pena é que nem todos utilizem essa consciência, para particarem para com eles o respeito e afecto que merecem.

Não é o teu caso, pelo que registo, com agrado a identificação que assumes, na tua brincadeira.

Beijinhos

antonior disse...

Fa menor,


Eles só pensam coisas boas, desde que não sejam magoados, ameaçados ou humilhados. Coisas que, infelizmente, acontecem com frequência.

Salva-se a resistência que um grupo, que quero acreditar cada vez maior, de nós, vai fazendo a esse estado de coisas.

Beijinhos

antonior disse...

Susn,

Palavras como as suas são uma garantia da esperança que existe para um futuro harmonioso com as outra espécies e com o meio em que vivemos. Obrigado.

Retribuo o abraço

antonior disse...

Maria, amiga...

Privilégio, poderes fazer uma afirmação dessas. Mas lá que é uma dificuldade, quando é necessário fazer uma operação....

Os macacos, mais delícia, menos doce (vá-se lá chamar delícia a um gorila de 200Kg!), são seres de enorme dignidade que só cheiram mal porque, felizmente, não usam CHANEL nº5 nem tomam sequer banhos com “sabão macaco”...senão perfumadinhos estariam sempre.

Saúdo essa tua ternura por eles. E também o reconhecimento da parecença das mãos e, acrescento eu, das expressões, das atitudes e das reacções. Até de muita linguagem gestual. Dá que pensar. De preferência para alterar o nosso comportamernto, para melhor.

Beijinhos

antonior disse...

Rebeca e Jota Cê,

Do coração, agradeço o selo que me oferecem, num reconhecimento que me orgulha, ficando destacadamente guardado num espaço virtual, conforme vos expliquei no comentário que fiz ao vosso post.

Beijinhos

antonior disse...

Isabel,

É um prazer, imenso, tê-la de volta.

Esteve ausente, mas não foi esquecida.

Retribuo o agradecimento, merecidamente.

antonior disse...

Amigo Kim,

É bom ter-te, por cá, a referires as nossa parecenças com estes amigos. Afinal, a veres as minhas "macacadas".

Obrigado pelo comentário às minhas "pinceladas", que, neste caso são mais riscos e "borradelas" com os dedos.

Um grande abraço

antonior disse...

Lili,


Agitada, mas calma é um estado ideal. É como activa. mas serena. Óptimo, justifica cumprimentos. Desejos de um bom regresso à escola. Sem medos, porque tudo vai, certamente, correr bem. São os meus desejos.

Beijinhos

antonior disse...

Gabriela,

Obrigado por leres os reflexos, as sensibilidades e os registos.

Beijinhos

Laura disse...

Olá... Vim ver, de novo, as pinceladas, e como descreves, mais borradelas e toques de mão,...
Claro que é o ser humano o pior inimigo desses animais tão cheios de sofrer. Vá que já andam a despertar as consciências, homens como tu, e pelo mundo, todos juntos, levam aos outros, o amor pelos animais, e a diferença...Já andei com um saguin o macaco mais pequenino do mundo, em Serpa Pinto...era de um soldado...Lindo, catou-me os piolhos imaginários, dos pelos dos braços, achei piada, pois ele (igualou-me...tal e qual)!...Beijinhos. laura

antonior disse...

Canduxa,

Obrigado pelas palavras de apreço por este trabalho.

Essa consciência da Unidade que é toda a existência dá substância à sensibilidade com que observa a representação de um elemento, de outra espécie, que connosco comunga a Unidade que todos/tudo somos.

Volte sempre que queira, que, por cá é bem vinda.

Até breve, por cá ou no seu espaço.

Um abraço

antonior disse...

Belinha,

O cão é o meu velho amigo Tintin, companheiro de 15 anos. Tlvez est6a antiga e especial amizade que temos se expresse na pintura e lhe dê mais força.

Não me parece que os detalhes a que alude justifiquem a pesada autocrítica que faz. Aliás, a insatisfação patente nas suas palavras demonstram o contrário e o espaço que tem para atingir melhor aquilo com que se identifica. Se nunca foi a um zoo, isso é positivo e uma prova de que não lhe fazem falta. Os animais estão bem no seu “habitat”, desde que não o vão perturbar. Hoje os filmes sobre a vida selvagem, dão-nos mais informação do que aquela que podemos recolher no zoo. Se nunca foi a um circo, não vá. Ou melhor, vá, mas escolha um que não use animais. Que não os explore. Por exemplo, o “Cirque do Soleil” é excelente , não tem animais e ultrapassa, em magia, qualquer outro. Quanto as vestuário de couro ou pele, se gosta, passe a usar produtos sintéticos que se aproximam do material real, sem recorrer aos animais. Quanto à comida, se acha que o deve fazer, vá reduzindo a carne. Introduza soja na alimentação para compensar as proteínas em falta.

O Artsnack não está a ser tão actualizado como já foi, mas foi compensado pela qualidade da publicação que fez. Não há razão para se sentir penalizada, claro.

Os lápis de cor permitem trabalhos muito interessantes. Há até alguns aguareláveis que dão resultados muito bons, a quem domina a técnica.

antonior disse...

Maré,

Obrigado pelas palavras por que expressa o apreço pelos conteúdos que aqui publico.

Uma grande saudação pela decisão de assinar a petição. Essa consciência é, para mim, um estímulo para dar mais oportunidades de intervenção.

Beijinhos nossos, meus e da Maria


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