TRANSLATOR - TRADUTOR - TRADUCTEUR
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Os assunto e conteúdos que aqui coloco, em paralelo com a pintura que faço, relacionam-se com as minhas opiniões e opções no exercício do acto de viver. Isso, como tudo, resulta de um compromisso entre livre-arbítrio e determinismo, de racionalismo e sensibilidade, de consciência e intuição, de ponderação e impulso.
Não será possível resumir neste espaço o meu pensamento acerca do mundo actual e do que é indispensável alterar para viabilizar um futuro, em que a nossa espécie assegure a sobrevivência da vida como a conhecemos, de uma forma que respeite a sua organização estrutural. Penso que em qualquer de nós tudo existe. A capacidade para fazer num sentido e no seu oposto. Cada um tem os seus conceitos de bem e de mal, se bem que há tendências mais universais. Para mim basta-me considerar por bem o que estabiliza, harmoniza, promove prazer e bem-estar, respeita e aceita e se constrói permanentemente na consciência da pertença a uma unidade global. A consciência do mal estará no extremo oposto. É uma forma simplista e não mais que um recurso para estabelecermos regras de conduta, para assumirmos a responsabilidade que os nossos recursos desmedidos para interferir no meio em que vivemos, nos confere.
A falta de um sistema político adequado para a gestão das sociedades que promova um papel social, de cada um, devidamente equilibrado no deve e haver, estabelecido no respeito sagrado pela dignidade de cada pessoa, é um sintoma de um mal que se avalia pelo exame da nossa História Universal. Se avaliarmos os registos da história política, das artes e do pensamento, verificamos que há um padrão de comportamento humano que é inerente à sua condição e que não tem mudado ao longo dos milénios. Depois vemos que tudo se repete, em ciclos. E verificamos que a velocidade das transformações evolui exponencialmente, porque tudo é um pulsar. A explosões sucedem-se retracções.
Neste momento não sabemos em que ponto estamos, mas sabemos que se não alterarmos o nosso comportamento, estaremos a construir uma destruição num apocalipse de dor e sofrimento em que a nossa arrogante inteligência fará a afirmação de ser a mais negra estupidez do Universo conhecido.
ASSINE PELA ABOLIÇÃO GLOBAL DA PENA DE MORTE
BASTA A POSSIBILIDADE DE INOCENTES SEREM CONDENADOS À MORTE PARA A ABOLIÇÃO SER IMPERATIVA
No passado dia 10 de Outubro foi o Dia Mundial pela Abolição da Pena de Morte. Duas semanas antes, a 25 de Setembro, o Brasil tinha-se tornado o 72º país a abolir a Pena de Morte do seu sistema penal, sem possibilidade de retrocesso.
Este é, ainda hoje, um tema polémico. Confrontados com a violência que espreita a esquina do quotidiano da pessoa mais serena e pacífica, e com a consciência que a divulgação mediática que existe dessa mesma violência muitos são os que apesar da sua boa personalidade cívica e humana, hesitam ou, nem por isso, antes apoiam a pena de morte como solução para conter e castigar os crimes que atingem inocentes.
Pessoalmente, expresso aqui uma opinião que assume uma série de implicações, pelo que não quero fazê-lo, sem fundamentar a minha posição e assumir a consciência desses fundamentos. Estou consciente do privilégio que representa nunca ter sido alvo de episódios de relevante violência. Consigo, talvez por defeito, mas quanto baste para entender o estado de espírito de quem sofreu sérias circunstâncias
de ofensas pesadas à sua integridade física, atentados ou até assassínios dos que lhe são próximos.Há casos e circunstâncias em que os ofendidos poderão encontrar argumentações que sustentem uma execução num caso específico. Há até casos de assassinos que querem morrer. Há muitos que até se suicidam no corredor da morte, seja pela incapacidade de lidar com a culpa ou com a desumanidade da tortura da espera. No entanto, há uma coisa de que todos temos de estar conscientes. Num determinado sistema penal há ou não há pena de morte. E temos de estar conscientes de uma outra coisa. Nenhuma lei que exista em qualquer país, para qualquer efeito, tem garantia de ser sempre exemplarmente aplicada. Os casos são julgados por pessoas e por elas são aplicadas as penas. As pessoas detêm poderes e têm interesses que, por vezes são difíceis de identificar até para os próprios porque estão nas esferas obscuras das ideologias e das afectações de carácter e que são determinantes nas decisões. Pesa, para mais, que a maioria dos locais onde a pena de morte ainda é aplicada, e onde é necessário que seja abolida, são aqueles onde os atropelos à isenta aplicação da lei são mais fáceis.
Não é defensável que estejamos vulneráveis à violência social. Sabemos que há seres humanos cuja monstruosidade de comportamento alimenta as vendas e audiências dos meios de comunicação com a evidência de que não terão a mínima viabilidade de recuperação. No entanto, defendo que as sociedades terão de encontrar métodos de prevenção e de regulação destes fenómenos que estão completamente associados à própria natureza humana e à forma como se gerem políticamente as sociedades. Acredito que um eficaz combate à miséria existencial e um sistema de educação humano e adequado resolverá uma grande parte do problema. A aplicação rigorosa dos direitos humanos, já reconhecidos, outra parte. Só que o que poderia ser fácil, não o é, e esse estado, demorará a ser atingido, se algum dia o for à escala global. Até lá, os crimes e as agressões continuarão. E a necessidade de lidar com eles, sem passar pela eliminação física do criminoso. Porque basta a possibilidade, em aberto, de um inocente condenado para inviabilizar que se possa manter uma lei que o permita. Nos Estados Unidos, onde ainda existe, como sabem, pena de morte nalguns estados, já se tem descoberto inocência, e conduzido à libertação de presos, numa espera que chega a durar 20 anos.
Perante estes factos só é possível defender a abolição da pena de morte, sem excepção do local geográfico, da natureza dos crimes, das características do criminoso ou do método de execução utilizado. É um princípio e um conceito a eliminar para atingir um mundo melhor.
Como nota final, registo o facto agradável de Portugal ter sido a vanguarda da abolição da Pena de Morte. Foi introduzida pela Reforma Penal de 1867, tornando-nos no primeiro país a aprovar uma lei desta natureza. Notável, para um país, em que em 1476, os registos reais dão conta daquilo a que chamam "uma lei mais humana" referente à decisão de D.Afonso V de proferir uma sentença em que só o marido podia matar a mulher culpada de crime de fugir ao marido, pecando-lhe na lei do casamento.
ATENÇÃO - ESTE VÍDEO MOSTRA A CRUELDADE HUMANA PARA COM OS ANIMAIS
Impõe-se que todos os que temos consciência do mal no exercício destas práticas cruéis e que com elas não queremos pactuar, nos informemos, de quais as empresas que comercializam produtos ou medicamentos resultantes destas experiências. Felizmente o mercado actual dá alternativas para se evitar um consumo que suporte essas actividades.
CLIQUE NA IMAGEM ACIMA E VISITE O SITE DA PEOPLE FOR ETHIC TREATMENT OF ANIMALS
MOSTRA VIRTUAL DE PINTURA
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
ELE E A MÃE
domingo, 18 de outubro de 2009
RETRATO DO PINTOR ENQUANTO LOBO CONTEMPLATIVO
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Antonius Block:Quem és tu?
Morte: Sou a Morte!
Antonius Block: Vens-me buscar?
Morte: Caminhei ao teu lado durante muito tempo.
Antonius Block: Eu sei…
Morte: Estás preparado?
Antonius Block: O meu corpo está, eu não. Espera um momento.
Morte: Vocês dizem todos o mesmo, mas eu não dou importância.
Antonius Block: Jogas Xadez, não é verdade?
Morte: Como sabes?
Antonius Block: Oh… Tenho visto em pinturas e ouvido em canções.
Morte: Sim, sou um habilidoso jogador de xadrez.
Antonius Block: Bem, não serás mais habilidoso do que eu.
Morte: Porque queres jogar xadrez comigo? Esse é o meu negócio.
Antonius Block: Tens razão. A condição é que eu viva enquanto resistir. No caso de eu fazer cheque-mate, libertas-me.
Ficas com as peças pretas.
Morte: É o que melhor se adapta às circunstâncias, não é verdade?
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
A PROPÓSITO DE UMA IGUANA
Dogs in heat, rabid, foaming
A beast caged in the heart of a city
The body of his mother
Rotting in the summer ground
He fled the town
He went down South and crossed the border
Left the chaos and disorder
Back there over his shoulder
One morning he awoke in a green hotel
With a strange creature groaning beside him
Sweat oozed from its shiny skin
Is everybody in?
The ceremony is about to begin
Wake up!
You can't remember where it was
Had this dream stopped?
The snake was pale gold
Glazed and shrunken
We were afraid to touch it
The sheets were hot dead prisons
And she was beside me
Old, she's not, young
Her dark red hair
Her white soft skin
Now, run to the mirror in the bathroom
Look!
I can't live thru each slow century of her moving
I let my cheek slide down
The cool smooth tile
Feel the good cold stinging blood
The smooth hissing snakes of rain . . .
Once I had, a little game
I liked to crawl back into my brain
I think you know the game I mean
I mean the game called 'go insane'
Now you should try this little game
Just close your eyes forget your name
Forget the world forget the people
And we'll erect a different steeple
This little game is fun to do
Just close your eyes no way to lose
And I'm right there I'm going too
Release control we're breaking thru
Way back deep into the brain
Back where there's never any pain
And the rain falls gently on the town
And over the heads of all of us
And in the labyrinth of streams
Beneath, the quiet unearthly presence of
Nervous hill dwellers in the gentle hills around
Reptiles abounding
Fossils, caves, cool air heights
Each house repeats a mold
Windows rolled
Beast car locked in against morning
All now sleeping
Rugs silent, mirrors vacant
Dust blind under the beds of lawful couples
Wound in sheets
And daughters, smug
With semen eyes in their nipples
Wait
There's been a slaughter here
(Don't stop to speak or look around
Your gloves and fan are on the ground
We're getting out of town
We're going on the run
And you're the one I want to come)
Not to touch the earth
Not to see the sun
Nothing left to do, but
Run, run, run
Let's run
House upon the hill
Moon is lying still
Shadows of the trees
Witnessing the wild breeze
C'mon baby run with me
Let's run
Run with me
Run with me
Run with me
Let's run
The mansion is warm, at the top of the hill
Rich are the rooms and the comforts there
Red are the arms of luxuriant chairs
And you won't know a thing till you get inside
Dead president's corpse in the driver's car
The engine runs on glue and tar
C'mon along, we're not going very far
To the East to meet the Czar
Some outlaws lived by the side of the lake
The minister's daughter's in love with the snake
Who lives in a well by the side of the road
Wake up, girl! We're almost home
Burn, burn, burn
Soon, soon, soon
Moon, moon, moon
I will get you
Soon!
Soon!
Soon!
Let the carnival bells ring
Let the serpent sing
Let everything
We came down
The rivers and highways
We came down from
Forests and falls
We came down from
Carson and Springfield
We came down from
Phoenix enthralled
And I can tell you
The names of the Kingdom
I can tell you
The things that you know
Listening for a fistful of silence
Climbing valleys into the shade
'I am the Lizard King
I can do anything
I can make the earth stop in its tracks
I made the blue cars go away
For seven years I dwelt
In the loose palace of exile
Playing strange games
With the girls of the island
Now I have come again
To the land of the fair, and the strong, and the wise
Brothers and sisters of the pale forest
O Children of Night
Who among you will run with the hunt?
Now Night arrives with her purple legion
Retire now to your tents and to your dreams
Tomorrow we enter the town of my birth
I want to be ready “
Finalmente, uma oportunidade de ouvir, para que tiver a paciência de carregar os vídeos. Se gostar do primeiro, ouça os outros. Pode seguir o poema na versão em inglês.
Nota: No primeiro vídeo, a introdução, declamada, não tem os dois versos (importantes) em que se lê:
“Is everybody in?
The ceremony is about to begin”
Tenho uma versão antiga, em vinil, em que o poema está declamado integralmente. Se houver interesse darei indicações para encontarrem essa versão.
sábado, 26 de setembro de 2009
AO OLHAR PARA NÓS
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
AMARELO – O PEQUENO TIGRE
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
TINTIN - O VELHO AMIGO
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
MILA, A FELINA QUE ESCONDE UMA ALMA SERENA
“É maravilhoso encontrar um paradoxo. Em face dele temos esperança de progredir.”
Niels Bohr
domingo, 23 de agosto de 2009
NATUREZA
Mais um trabalho a pastel. O meu respeito e amor pelo sagrado na Natureza e por todos os seus seres e elementos. Ouso o sacrilégio de a ter imaginado como uma Gioconda negra e nua, sem sorriso, mas com uma paisagem outra, que não a de Leonardo. Ele que perdoará, onde estiver, porque o génio deve ser condescendente para as desajeitadas obras em si inspiradas. Brincar com quem está com os Deuses é uma forma de rezar.
Para esta pintura escrevi umas linhas que talvez sejam uns versos. Outra ousadia, pretender dizer algo que está no meu fundo, de forma ingénua. Como é o natural na Natureza. A métrica desordenada e anárquica serve uma intenção formal entre o popular e o kitsch. Que seja uma espécie de ladainha já me satisfaz.
NATUREZA
Pastel s/ papel - 50x65cm – 2009
.
.
MIRABILE IN UTERUS
(poema singelo)
.
.
A minha igreja
é sobre a terra ou sobre o mar
onde quer que eu esteja
se aí puder voar
.
.
Não sei onde está Deus
nem o que me pode dar
pois os pecados meus
tenho eu de os perdoar
.
.
Nunca aceitei um mestre
pátria, dono ou senhor
sou feito de massa agreste
só me entrego por amor
.
.
Adorarei, doravante
o mundo da Natureza,
a Deusa, mãe e amante
o seu esplendor e beleza
.
.
Nestas danças da vida
ao que já fui voltarei
no útero da Deusa querida
por fim repousarei
.
...............................................
.
No útero da Natureza
está escondido o Santo Graal
O Mistério de maior grandeza
não é mistério, é Natural.
.