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Este blogue é um espaço onde tento conjugar a divulgação do meu trabalho de pintura, através das publicações abertas a comentários, e a publicação de outras matérias na coluna lateral e nesta zona, ao alto da coluna principal.


Os assunto e conteúdos que aqui coloco, em paralelo com a pintura que faço, relacionam-se com as minhas opiniões e opções no exercício do acto de viver. Isso, como tudo, resulta de um compromisso entre livre-arbítrio e determinismo, de racionalismo e sensibilidade, de consciência e intuição, de ponderação e impulso.


Não será possível resumir neste espaço o meu pensamento acerca do mundo actual e do que é indispensável alterar para viabilizar um futuro, em que a nossa espécie assegure a sobrevivência da vida como a conhecemos, de uma forma que respeite a sua organização estrutural. Penso que em qualquer de nós tudo existe. A capacidade para fazer num sentido e no seu oposto. Cada um tem os seus conceitos de bem e de mal, se bem que há tendências mais universais. Para mim basta-me considerar por bem o que estabiliza, harmoniza, promove prazer e bem-estar, respeita e aceita e se constrói permanentemente na consciência da pertença a uma unidade global. A consciência do mal estará no extremo oposto. É uma forma simplista e não mais que um recurso para estabelecermos regras de conduta, para assumirmos a responsabilidade que os nossos recursos desmedidos para interferir no meio em que vivemos, nos confere.


A falta de um sistema político adequado para a gestão das sociedades que promova um papel social, de cada um, devidamente equilibrado no deve e haver, estabelecido no respeito sagrado pela dignidade de cada pessoa, é um sintoma de um mal que se avalia pelo exame da nossa História Universal. Se avaliarmos os registos da história política, das artes e do pensamento, verificamos que há um padrão de comportamento humano que é inerente à sua condição e que não tem mudado ao longo dos milénios. Depois vemos que tudo se repete, em ciclos. E verificamos que a velocidade das transformações evolui exponencialmente, porque tudo é um pulsar. A explosões sucedem-se retracções.


Neste momento não sabemos em que ponto estamos, mas sabemos que se não alterarmos o nosso comportamento, estaremos a construir uma destruição num apocalipse de dor e sofrimento em que a nossa arrogante inteligência fará a afirmação de ser a mais negra estupidez do Universo conhecido.




ASSINE PELA ABOLIÇÃO GLOBAL DA PENA DE MORTE

BASTA A POSSIBILIDADE DE INOCENTES SEREM CONDENADOS À MORTE PARA A ABOLIÇÃO SER IMPERATIVA


No passado dia 10 de Outubro foi o Dia Mundial pela Abolição da Pena de Morte. Duas semanas antes, a 25 de Setembro, o Brasil tinha-se tornado o 72º país a abolir a Pena de Morte do seu sistema penal, sem possibilidade de retrocesso.


Este é, ainda hoje, um tema polémico. Confrontados com a violência que espreita a esquina do quotidiano da pessoa mais serena e pacífica, e com a consciência que a divulgação mediática que existe dessa mesma violência muitos são os que apesar da sua boa personalidade cívica e humana, hesitam ou, nem por isso, antes apoiam a pena de morte como solução para conter e castigar os crimes que atingem inocentes.


Pessoalmente, expresso aqui uma opinião que assume uma série de implicações, pelo que não quero fazê-lo, sem fundamentar a minha posição e assumir a consciência desses fundamentos. Estou consciente do privilégio que representa nunca ter sido alvo de episódios de relevante violência. Consigo, talvez por defeito, mas quanto baste para entender o estado de espírito de quem sofreu sérias circunstâncias
de ofensas pesadas à sua integridade física, atentados ou até assassínios dos que lhe são próximos.Há casos e circunstâncias em que os ofendidos poderão encontrar argumentações que sustentem uma execução num caso específico. Há até casos de assassinos que querem morrer. Há muitos que até se suicidam no corredor da morte, seja pela incapacidade de lidar com a culpa ou com a desumanidade da tortura da espera. No entanto, há uma coisa de que todos temos de estar conscientes. Num determinado sistema penal há ou não há pena de morte. E temos de estar conscientes de uma outra coisa. Nenhuma lei que exista em qualquer país, para qualquer efeito, tem garantia de ser sempre exemplarmente aplicada. Os casos são julgados por pessoas e por elas são aplicadas as penas. As pessoas detêm poderes e têm interesses que, por vezes são difíceis de identificar até para os próprios porque estão nas esferas obscuras das ideologias e das afectações de carácter e que são determinantes nas decisões. Pesa, para mais, que a maioria dos locais onde a pena de morte ainda é aplicada, e onde é necessário que seja abolida, são aqueles onde os atropelos à isenta aplicação da lei são mais fáceis.


Não é defensável que estejamos vulneráveis à violência social. Sabemos que há seres humanos cuja monstruosidade de comportamento alimenta as vendas e audiências dos meios de comunicação com a evidência de que não terão a mínima viabilidade de recuperação. No entanto, defendo que as sociedades terão de encontrar métodos de prevenção e de regulação destes fenómenos que estão completamente associados à própria natureza humana e à forma como se gerem políticamente as sociedades. Acredito que um eficaz combate à miséria existencial e um sistema de educação humano e adequado resolverá uma grande parte do problema. A aplicação rigorosa dos direitos humanos, já reconhecidos, outra parte. Só que o que poderia ser fácil, não o é, e esse estado, demorará a ser atingido, se algum dia o for à escala global. Até lá, os crimes e as agressões continuarão. E a necessidade de lidar com eles, sem passar pela eliminação física do criminoso. Porque basta a possibilidade, em aberto, de um inocente condenado para inviabilizar que se possa manter uma lei que o permita. Nos Estados Unidos, onde ainda existe, como sabem, pena de morte nalguns estados, já se tem descoberto inocência, e conduzido à libertação de presos, numa espera que chega a durar 20 anos.


Perante estes factos só é possível defender a abolição da pena de morte, sem excepção do local geográfico, da natureza dos crimes, das características do criminoso ou do método de execução utilizado. É um princípio e um conceito a eliminar para atingir um mundo melhor.


Como nota final, registo o facto agradável de Portugal ter sido a vanguarda da abolição da Pena de Morte. Foi introduzida pela Reforma Penal de 1867, tornando-nos no primeiro país a aprovar uma lei desta natureza. Notável, para um país, em que em 1476, os registos reais dão conta daquilo a que chamam "uma lei mais humana" referente à decisão de D.Afonso V de proferir uma sentença em que só o marido podia matar a mulher culpada de crime de fugir ao marido, pecando-lhe na lei do casamento.


ATENÇÃO - ESTE VÍDEO MOSTRA A CRUELDADE HUMANA PARA COM OS ANIMAIS

Nos dias de hoje, só a ganância do lucro, o desprezo pelo sofrimento alheio e a crueldade para com as outras formas de vida, explicam as experiências com animais em laboratório, para fins médicos, cosméticos ou outros. No total alheamento pela dignidade da vida e pelo seu carácter sagrado, animais dotados de consciência e sensibilidade elevadas são torturados com objectivos militares e científicos, por vezes durante anos a fio, passando existências inclassificáveis. A engenharia genética que tem sido, tantas vezes, usada em más direcções, providencia afinal os meios que permitem avançar a medicina sem o uso deste tipo de práticas, mas elas continuam a ser usadas.
Impõe-se que todos os que temos consciência do mal no exercício destas práticas cruéis e que com elas não queremos pactuar, nos informemos, de quais as empresas que comercializam produtos ou medicamentos resultantes destas experiências. Felizmente o mercado actual dá alternativas para se evitar um consumo que suporte essas actividades.

NÃO À SENTENÇA DE MORTE - Não deixe o seu cão velho na rua, nas noites frias!

Chained Dogs

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Se tiver dificuldades com a língua inglesa faça uso da ferramenta de tradução do Google. Não é perfeita, mas permite-lhe ter uma ideia muito aproximada dos conteúdos.

MOSTRA VIRTUAL DE PINTURA

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

TINTIN - O VELHO AMIGO

Novo pastel, que é o retrato de um velho amigo, antes, muito antes de ser um dos elementos da parte da família que é constituída pelos animais de companhia. A galeria ainda tem espaço para mais um e se for alargada ao galinheiro, pelo menos ainda dará lugar aos membros mais destacados, o galo Cristóvão e a galinha Sesaltina, fundadores da colónia.

Tintin total web

Tintin
Pastel seco sobre papel negro
50x65cm - 2009

O cão Tintin é o companheiro e amigo cuja estória não cabe no espaço de um post. A sua história envolve-se na minha história dos últimos 14 anos. Olhando para trás, parece uma vida inteira, de várias décadas, comprimida num espaço mais curto.

O Tintin é um pequeno rafeiro que, segundo opinião veterinária, será o produto de cruzamento entre um “teckel”, vulgarmente conhecido por “salsicha” ou “baixote” e um podengo ou animal morfologicamente próximo. É a estória clássica do animal que foi recolhido da rua, após um período de abandono e infortúnio, em que o seu estado, no momento em que o encontrei, deixava adivinhar ter comido “o pão que o diabo amassou”, extraído de contentores de lixo e aí, eventualmente, disputado com outros cães, companheiros de estrada.



Nas viagens de montanha russa que tem sido o caminho percorrido desde esse ano de 1995, na partilha da existência, desenvolvemos um entendimento que ultrapassa as dificuldades colocadas pelos desajustes dos modos de expressão e das barreiras da espécie. 14 anos passados, turbulências diversas “surfadas” como se vagas alterosas fossem, enfrentadas sem recurso a qualquer prancha, encontramo-nos hoje com um olhar recíproco que, penso, se poder resumir dizendo que eu vejo o meu amigo Tintin, como um cão humanizado e que penso ter razões para crer que ele me vê como um cão grande, com algumas dificuldades de entendimento que me impedem de perceber, de forma capaz, os seus esforços de comunicar. Além disso, a seus olhos, terei um elevadíssimo défice no sentido do faro. No entanto, a amizade sempre fiel e o entendimento de mim como uma espécie de alter-ego demonstra-se pelo facto de se ter tornado numa sombra que sempre desliza junto com o meu andar. Também pelo vocabulário de silvos e gemidos com que tenta aproximar-se da linguagem humana, o que não resulta muito bem e, por vezes, não é muito fácil de suportar por períodos longos.



Há alguns anos, passou por um perigoso problema de saúde, que implicou uma cirurgia e resultou num diagnóstico que não deixava grande esperança de vida tão longa, mas o destino tem sido generoso, e presto-lhe homenagem e agradecimento  por isso e, antecipadamente, pela continuação desta benção.

Como já teria perto de um ano quando o recolhi, terá agora 15 anos ou um pouco mais. Está velhote. Ficou grisalho e está consideravelmente surdo. Está mais sensível a todos os níveis, mas continua a fazer, alegremente, dois grandes passeios diários. Por outro lado, como nos integrámos há mais de três anos na família que agora somos, tem 3 companheiros humanos que o estimam, e dois gatos com que tem uma relação cordial com estáveis acordos de não agressão. Respeitando, aliás, alguns centímetros de distância, o convívio é harmonioso e sereno, por vezes até claramente desejado. A gata Mila gosta dele e respeita-o. O Amarelo trata-o melhor que aos outros gatos.



No inverno passado um velho rafeiro, também de pequeno porte, que vivia com vizinhos próximos, deixou-nos para encetar o seu caminho para a Natureza pura, para se integrar no pó das estrelas. Tinha, dizem, 21 anos. Espero que o Deus dele tenha a mesma medida para este companheiro.

Tintindetalhe web
 


“O som da água diz o que eu penso.”
Lao Tzu


“Se o viajante encontrar um companheiro virtuoso e sábio, deve segui-lo alegremente e vencer os perigos do caminho”
Buda

51 comentários:

mariabesuga disse...

Dizia eu há algum tempo num post no meu antigo blogue que o cão Tintim me adoptou ou se adaptou à minha presença com uma facilidade de felicidade partilhada, a dele, e a minha por tê-lo.
Reservado no primeiro momento, mas até isso muito pouco.

Amor à primeira vista?!... É. Acho que pode dizer-se. Não tanto nos primeiros tempos mas logo, logo passou a permitir-se rasgos de ternura para comigo que me surpreenderam. Até tu, seu “dono” primeiro, ficavas admirado dizendo não ser comum ele “dar-se” desse jeito. Mas é recíproco o carinho.

Agora, e desde a última visita ao veterinário em que ficou decidido que deveria fazer-lhe comida em vez de lhe dar das enlatadas, percebes que ele parece achar que sou mãe dele e passa o tempo atrás de mim. Gosta muito mais da comida assim e é agradecido.

Vai estando velhote e carregando as consequências disso mesmo o que muitas vezes se torna mesmo complicado de gerir já que é cão de casa vivendo portanto em comum na maior parte dos espaços em que vivemos todos. Logo, o desassossego e ansiedade são um pouco perturbadores do nosso sossego.

Mas tal como tu desejo que o tenhamos connosco por muitos anos, os possíveis em qualidade de vida e na partilha do nosso carinho, dos três humanos que somos cá em casa e dos outros animais da família que somos.

Retrataste-lo muito bem ou não fossem quase unos de tanto tempo juntos na partilha dos dias todos e em todas as circunstâncias. Não deve ter sido difícil. Foi como que auto-retrato da tua própria sombra...

O meu beijo sempre, em ti.

(e agora esperam-se pastéis do amarelo, do galo Cristóvão, da Sesaltina a galinha…)

Laura disse...

Olá, amigo Pintor; no pastel ainda duvidei se estaria a ver uma foto do velho Tintim, tão real o pastel está, ou se é mesmo uma das tuas pinturas!...
Animais, o mais belo que há na natureza, depois do homem, embora o homem, por vezes, desça abaixo de animal!
Adoro os cães, cavalos, e a bicharada por aí fora.
Digo muitas vezes ao shakita, que ainda teremos a nossa casinha, nosso sonho ainda por realizar, uma casinha pequena, térrea, e com muito quintal para corrermos os dois, todos os dias. Como o Tintim, ele é o meu companheiro que me ajuda desde que veio para cá, bebé, e, como diz a tua Maria, ele sente que sou a mãe, segue-me por todo o lado e, sabe muito bem que sou surda, ajuda quando batem à porta (batiam, que agora o surfista, canta de galo e deixa-me ouvir tudo)e não deixa que gritem comigo, sai logo uma dentada de aviso, ele é traçado de rotweiller e uma labradora, daí a agressividade e a doçura ao mesmo tempo.
Bom, gostei do teu pastel, adorei ler-te na história onde o retratas, e, ainda acredito que; quando se vão para as estrelas, nunca desaparecem, do outro lado esperarão por nós!...Acredito que sim.
Abraço cheio de carinho, e que bom que és assim, um nino de coraçãozinho ternurento!...
Laura.

Maria disse...

Antonior:

É lindo o Tintin.
A forma como o descreves, faz-me lembrar o meu Nabão. Não fisicamente. Mas essa ligação entre vós, é igual à que temos com o nosso. Ele sabe muitas frases completas e palavras soltas, nós conseguimos destinguir as diversas maneiras de ladrar ou latir dele.
Ele pensa que é pessoa e nós damos por nós a tratá-lo como tal.
Conhece-nos até à alma.
Também já está velhote, mas tem alturas, que brinca e se porta como um cachorrinho.
São realmente os nossos amigos mais fiéis.
Beijinhos para vocês e festinhas para toda a bicharada em especial para o Tintin.

Paula Raposo disse...

Quanta ternura!! Beijos.

Fá menor disse...

Um retrato fiel! Assim o vejo, pois me lembrou imediatamente de um que tive, o que me causou uma certa tristeza e saudade.

Esses olhos parece que falam, que pedem algo. é exactamente o olhar e as 'feições' que o meu tinha...

Bjs

Deusa Odoyá disse...

Meu novo amigo!!!
Vim através do blog da Luna.
Meus parabéns...
Os animais são as coisas mais belas e iluminadas dessa natureza.
São os nossos amigos e companheiros mais fíéis e puros.
Uma semana de muitas realizações e paz.
Beijinhos doces, meu novo amigo.
Regina coeli.

Aguardo sua visita ao meu cantinho.

cristinasiqueira disse...

oi Antonior,

Os doces olhos do Tin tin ,este jeitinho inspirador.Sorte dele ter um dono pintor para eternizá-lo.É pena que os cães tem vida curta.Penso que Deus deve estar produzindo um modelo novo,longevo ,para ficar conosco mais tempo.
Amo,amo muito os cães.Meu amigo se chama Lovan,o anjo do amor incondicional e ri com o rabo em festa e fala com o olhar coisas que só o amor faz entender.

Beijocas no Super famoso Tin tin

com admiração,

Cris

Berro d'Água disse...

Ah, o olhar do TinTin, tão bem captado por ti...

Dizem que os olhos são as janelas da alma, mas para mim, eles são a própria ALMA!!!

Lendo o texto narrando a vida e convívio do teu cão contigo e com os teus, acabamos naturalmente nos vendo em tuas palavras e digo isso me referindo a todos que possuem um animal de estimação ou já desfrutaram do convívio com eles. Tenho uma Mastiff Inglês chamada Khaloa e que está com 13 anos de vida, coisa extremamente rara para um cão gigante feito ela. É uma senhora de idade bem avançada, com todos os problemas comuns gerados pelo tempo, mas porta-se muito bem. Possui todos os seus preciosos dentes muito bem dispostos na arcada, tem boa visão; não tem problemas de audição e é manhosa, dengosa e mimada. Adora algumas comidinhas de humanos e ainda é uma grande guardiã. Tenho quatro cães, sendo uma labrador retriver, uma pit bull, a Khaloa que é a vovó Mastiff e ganhei a pouco tempo e mais uma Mastiff Inglês que agora está agora com 6 meses de idade. Todos os meus cães convivem pacificamente com minhas duas gatinhas, sendo que uma delas é companheira assídua da cadela vovozinha, chamada agora carinhosamente de "Kaquinho" e sempre dormiram juntas, a gatinha aninhada na cadela. Então, comprovadamente, as diferenças existem, mas podem muito bem serem contornadas, mas tal feito me parece ser uma qualidade das espécies irracionais. Os racionais, além de não possuirem esse talento, não se esforçam nem mesmo para apreciar quem o possui.

E a respeito da obra, se me permites, há sempre algumas coisas que são as mais importantes para o meu olhar e que me chamam mais atenção e me levam a gostar ou não do trabalho e isso não implica que o conjunto todo de traços, linhas, manchas, cores, texturas, tenham de me atrair. Basta que algo seja forte o bastante para me conquistar e nesse caso, mais uma vez e sem dúvidas, é o olhar e a textura do pelo o que mais me atrai, ou ainda, o que tem me atraído de imediato. O resto, vou descobrindo posteriormente e aí, depois do primeiro impacto, o trajeto a ser percorrido será com maior tranquilidade.

Nas obras de arte, como em muitas outras coisas em minha vida, não há meio termo; ou eu gosto muito, ou não gosto.

Beijo pra vocês e bom final de semana!!!

Cris

Kim disse...

Antonior! A sensibilidade do artista, se calhar, começa na sensiblidade do homem. Não sei se um pode ignorar o outro, mas o Tintim serve perfeitamente para se sentir o odor do carinho que tens pelo meio que te rodeia. É uma família completa. E tens a sorte de ter no teu jardim um girassol que ilumina os teus traços, a tua alma, a tua vida.
A
Esta pintura está na senda das anteriores. Só lhe falta latir!
Parebéns ao Tintim por por se ter cruzado convosco.
Abraço amigo

AFRICA EM POESIA disse...

Meu amigo
poucas palavras...muito sentir...
ainda em recuperação mas...já pintei...
um beijo para vós...

Ana Oliveira disse...

Antonior

Do trabalho não me permito dizer mais do que: apetece pentear esse pêlo.

Da história, apenas partilhar o sentimento, até porque o meu Biscoito é a "cara chapada" deste tintin" apenas com o pêlo mais escuro, no entanto as mesmas manchas de branco e o mesmo olhar.
Felizmente, ainda com 10 anos, está de perfeita saúde, nunca esteve doente, ouve bem demais...só me parece que já está a ver um pouco mal ao longe. Também eu espero que por cá fique muito tempo ainda, companheiro de longos silêncios que entende e partilha, comigo e com os 2 gatos da casa.

Um beijo

Ana

~*Rebeca*~ disse...

Antonior,

Dá pra sentir o amor em cada emoção escrita por ti. Tintin é um rafeiro de sorte e abençoado.

Suas pinturas, como sempre, são maravilhosas.

Parabéns!

Que seu dia seja de luz.

Rebeca

-

Pedro Luso de Carvalho disse...

Antonior,

Conheço bem esse sentimento, que tens por Tintin, pois, há oito anos, também tivemos a sorte, Taís e eu, de encontrar o Guga, um cão com a cruza de Dachshund com Collie, tentado atravessar uma avenida perto da rua onde mororamos. O Guga tinha um profundo ferimento no peito, e por isso se arrastava no asfalto da avenida. Ele estava com um ano de idade - está, portanto, com nove anos.

A partir desse dia, passou a ser o alvo das minhas atenções, bem como da Taís e de nossos dois filhos.

O Guga veio fazer companhia, nessa época, a outro dois cães, que tínhamos em casa. Um deles,da raça fox, o Bimbo, que viveu conosco e com até a idade de dezoito anos; o outro cão, a Nena, sem raça definida, morreu mais tarde, com quatorze anos.

Dos três, resta-nos o Guga, que está com ótima saúde, mas, mesmo assim, constitui-se motivo de preocupações, o que é natural para as pessoas que têem o privilégio de conviver com esses seres tão especiais.

Parabéns, Atonior, pela excelente do Tintin.

Um abraço,
Pedro.

Tais Luso de Carvalho disse...

Oi, Antonior, abri teu blog e dei com essa figurinha linda e muito bem retratada por ti. Então, deixo aqui uma parte de uma crônica minha (Porto das Crônicas) - dedicaca ao nosso 'amigo' aqui em casa:
(...)
"Só um cão é capaz de ficar 24 horas, ao pé de nossa cama, sem reclamar, apenas sendo acompanhante, sem nada pedir e num ato de solidariedade;
Só um cão percebe nossa tristeza e fica quietinho, preocupado e ainda arrisca uns afagos...
Só um cão suporta ser escorraçado e não guarda mágoas à frente do primeiro afago;
Os cães não odeiam, não invejam, não ofendem e são capazes de aliviar nossa alma da arrogância, da maledicência e do barbarismo humano.
Só os cães seguem, vida afora, em cima de uma carroça ou acompanham um mendigo, sem nada pedirem.

São Francisco de Assis dizia: não te envergonhes se, às vezes, os animais estiverem mais próximos de ti do que as pessoas...

Agora, ouvindo meus clássicos preferidos, bate-me uma certa tristeza: não sei bem que tipo: pode ser uma tristeza que emana do meu próprio ser ou a tristeza da própria música que me conduz a um estado de reflexão e de desapontamento.

Quem está comigo, deitado bem pertinho?
- Guga, o meu cãozinho. Vou buscar um cobertor para cobri-lo de amor."

bjs, parabéns pela bela homenagem ao amigo Tintim!
tais luso

maré disse...

gosto desta vida que as tuas mãos geram e que fica

para além de todas as portas transpostas.
________

duplo beijo enternecido

Unknown disse...

Tintin: sou o Gwyn, tenho 6 anos, peso 5 quilos, sou lindo, dizem, a minha raça, sem ofensa , sei que és rafeiro, ( « que falta de tacto, que rudeza, mia a Lai-si, debruçada sobre o que o Gwyn escreve, no computer ) tem o nome de Golden Retriever, é raça fina, dizem ( « é de perder a paciência, esta falta de humildade », pigarreia, mas desta vez nervosamente a Lai-si ), da família do Lavrador, só que tenho muito pêlo, sou cão inteligente, meigo, ajudo os cegos nas suas deslocações « agora está-se a limpar ), desculpa falar assim, não sou vaidoso, mas também não gosto das falsas modéstias, gosto da tua cara, dos teus olhos luminosos e penetrantes, mas principalmente do teu focinho de palhaço, igual ao meu...

Sou a Lai-si, ele é um vaidoso, é manhoso, é como aquele do debate de ontem, não diz a verdade toda, por exemplo esqueceu-se de dizer que tem um desvio comportamental, que é muito meigo, mas que nunca ninguém pode adivinhar quando rosna e mostra os dentes, ele não sabe, embora se gabe e diga que é anarco-sindicalista e doutorado em ciêmcia política e confunda com seus ladrares gongóricos e maquiavélicos a tibieza do dono que anda cada vez mais indeciso sobre o voto a dar nas próximas eleições, se ao Louçã, se à Manela, ao outro, não, porque apoia um regime de ditadura, acho que é a Coreia, a do Norte, mas dizia eu, o que ele desconhece é que há entre mim e o Tintin uma afinidade profunda: como ele, eu sou rafeira e comi o pão que o diabo amassou...

Sou o dono destas queridas pestes que se amam a despeito de andarem de vez em quando em discussões que imitam os seres humanos. Parece-me, ao olhar para a cara deles, que estiveram a discutir. E conhecendo-os, como os conheço, sei que estão a disputar o terreno face a um novo conhecimento
- É o Tintin, que tem um focinho igual ao meu
- É o Tintin, rafeiro como eu, mia a Lai-si
- OK, vamos ser todos amigos. Vou escrever ao dono do Tintin para um encontro, querem?

E foi assim que eles, os meus bichinhos inteligentes, saudaram o novo amigo, embora distante e desconhecido, de nome Tintin.
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Adorei o seu post. Como só quem adora animais pode adotrar!
Abraço

Cândida Ribeiro disse...

Antonior,

Mais uma pintura belíssima, de um grande companheiro e amigo, que partilha connosco. Mesmo antes de ler a linda história que narra do Tintin, senti que era um ser muito especial e importante para si. A vossa cumplicidade deve ser grande, assim como a alma de artista que tem e tão bem demonstra. Ao ler a história do TinTin fez-me recordar o meu querido Drup, um rafareirito parecido com um caniche mas de patita curta e rabo comprido e liso, que já partiu. Ainda hoje sinto, com imensas saudades, a sua presença passeando por toda a casa... e já lá vão 5 anos.
Nos momentos em que mais precisei de companhia e compreensão ele esteve sempre presente e quando ele precisou também fui eu que passei 12 dias dormindo a seu lado para poder tratá-lo de uma grande cirurgia que fez.
Nos 16 anos que ele viveu comigo e com a minha família sei que foi um animal feliz e sinto que o amor que os meus filhos têm hoje pelos animais veio dessa época.
Quem não tem ou nunca teve um ser tão especial como um cão na sua vida não sabe o que é amar incondicionalmente. Dar amor sem nada esperar é sem dúvida aquilo que, todos os seres humanos, deveriam aprender com estes animais.
Fico aguardar uma nova maravilha sua….talvez de um outro habitante da casa, que se advinha tranquila e feliz.
Abraço com muita luz e paz

Je Vois La Vie en Vert disse...

Que bonito e sorridente o cãozinho Tintin ! Vê-se que encontrou ternura e carinho nesta família de artistas !
Quando vi o título, pensei logo no meu "compatriote"...
Não tens nenhum Milou por aí ?

Beijinhos

Verdinha

mariabesuga disse...

Meu Amor, apesar de saber o que pensas a respeito, não quis deixar de te atribuir o selo "Vale a pena ficar de olho neste blogue". Passaram-mo e com o mesmo sentido de que o teu espaço é dos que mais valem a pena o passo para ti.

Está no meu espaço para ti.
Fica o sentido.

Beijinho de mim

Susn F. disse...

O Tintim tem muita sorte por estar rodeado de ternura e sensibilidade. Acho que o olhar dele reflecte a bondade que lhe é dedicada.

Um abraço

jorge vicente disse...

ah, antonior, quanta sabedoria nas tuas palavras!

um grande abraço
jorge vicente

Liliana Sampaio disse...

Antonior,

Agradeço, antes de mais, a visita ao meu espaço. Decidi tornar-me seguidora da Fénix por tudo o que aqui li e vi. Não tinha deixado nenhum comentário porque, normalmente, é hábito meu comentar só depois de conhecer, e como ainda não tinha lido tudo, preferi deixar para depois.

Merece este blogue todo e qualquer elogio que lhe seja atribuído, tanto pelos conteúdos como pela sensibilidade com que são transmitidos.

Não vou escrever muito sobre este post sobre o Tintim. Apenas posso dizer que só quem gosta realmente de animais consegue entender este amor que lhes dedicamos, sem limites nem condições, porque eles assim o fazem também. A pintura está lindíssima, muito real.

Voltarei em breve. Parabéns pelo seu espaço.

NUMEROLOGIA E PROSPERIDADE disse...

Excelente espaço para reflexão. Parabéns.
Saudações Florestais !

MENSAGENS AO VENTO disse...

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Tintin é uma beleza!

A sua arte em retrata-lo é perfeita!
Gostei demais... Pena que as outras fotos, não abriram...

Voltarei para ver os outros trabalhos!


Beijos de luz e o meu carinho...

Zélia (Mundo Azul)

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gabriela rocha martins disse...

abri a porta ,sem pedir licença ,e fui seguindo com os olhos bem abertos ,os vários "recantos" da tua casa .encontrei tanta ternura que não resisti a "ir ficando"( como dizem os nossos irmãos brasileiros ) .não sei quando saírei ,mas ,quando o fizer ,prometo que apago a luz e fecho a porta.....




.
um beijo

antonior disse...

Minha Maria B.

Sem dúvida que a vossa adaptação foi excelente.

Quanto à comida, quem não preferiria uma confecção caseira a uma ração ou enlatado. Temos diferenças em relação a estes nossos amigos, mas, a este nível, não são muito notórias. Tal como as implicações do avanço da idade. Quando envelhecemos também ficamos mais sábios e experientes por um lado, e mais impacientes e ansiosos por outro. Temos que lhes retribuir o afecto na aceitação da responsabilidade que para connosco, e para com eles, assumimos, quando decidimos dar-lhes entrada nas nossas vidas.

No que respeita ao retrato é como dizes. Não foi difícil fazê-lo. Posso assumi-lo como o meu outro eu, o canino. Um alter-ego. Agora a sério, um grande amigo de outra espécie, isso sim.

Como já sabes, não logrei a tua expectativa em relação ao próximo trabalho. O post que vou publicar dentro em pouco é o retrato de outro dos nossos amigos.

Beijinhos com carinho para ti.

antonior disse...

Laura,

Como busco um certo domínio da técnica de pastel, exercito-me no realismo que serve uma direcção em que quero orientar uma produção paralela às minhas pinturas habituais, a óleo. Serão trabalhos a pastel, com um objectivo específico que, a seu tempo, divulgarei se avançar com esta ideia.

“ Animais, o mais belo que há na natureza, depois do homem...” dizes tu!

Pois eu acho que a beleza está nos olhos de quem a vê. É subjectiva e depende de modelos que são incorporados nos instintos dominantes em quem aprecia e nas suas prioridades subconscientes.

Cada ser tem a sua própria beleza, mas cada um tem tendência a encontrar maior beleza no que o seduz. O que o seduz depende da intensidade da atracção que o objecto observado exerce sobre o observador. No ser humano, por exemplo, os maiores exemplos de beleza, são os seres da mesma espécie, sobre os quais recai a sua orientação sexual. A subjectidade da apreciação e a sua dependência dos modelos depende de tendências dominantes, em face dos contextos. Na pré história, por exemplo, os registos que nos ficaram de modelos de beleza femenina, as Vénus, eram mulheres volumosas, opulentas, mesmo obesas. Nesse tempo, obesidade era sinal de privilégio, de ser uma pessoa que era respeitada e obsequiada pela comunidade que lhe providenciava tudo sem necessidade de se esforçar. Para além disso as ancas largas e os seios opulentos eram sinal de fertilidade ou de promessa dela e, nessa altura, o objectivo da existência, era sobretudo a reprodução. Logo a beleza, a identificação dela correspondia da associação a estes símbolos. Eles influnciavam o desejo e acendiam a líbido instintiva. Na antiguidade clássica, as mulheres deviam ser estruturalmente sólidas, sem exibirem matéria adiposa. Representavam a melhor classe de reprodutoras e mães. Na renascença, preferem-se as roliças que exibem notórios sinais de celulite. Vejam-se pinturas de Rubens. Na primeira metade do século XX tudo mudou. Penso que as duas grandes guerras mudaram o panorama. No pós-guerra não é fácil idealizar belezas opulentas. Nos anos 20 já tinhamos imagens eleitas de jovens estilizadas a dançar o Charleston. Quem não se lembra de Josephine Baker? Os anos 60 trouxeram o cúmulo anoréxico da Twiggy com a sua magreza extrema, grandes olhos e ar afectado. Pois se no desencanto do desacato mundial e no descalabro das estruturas sociais o instinto de reprodução caíu a pique, a natalidade por consequência e começou a priveligiar-se a atitude intelectual e a elegância estilizada da magreza, o corpo acima de tudo como exercício do prazer, em plena revolução sexual. Por isso, identificamos a beleza pelo contexto em que se enquadra. É subjectiva.

Para conseguirmos ver a beleza de cada ser e de cada coisa é necessário olhar numa qualidade contemplativa e elevar-nos acima das pulsões da nossa identidade conseguindo olhar como que do exterior, mas com sensibilidade, apreciando para além da nossa natureza animal, básica e estrutural. Isto é mais difícil do que parece, e, por vezes, não chega uma vida para se aprender a fazê-lo.

Quando conseguimos isso percebemos que o homem nunca está acima ou abaixo dos outros animais. Sempre ao mesmo nível. Se bem que por vezes faça um grande esforço para se rebaixar, porque o homem é o único com a habilidade de se rebaixar. Todos os outros possuem a extrema dignidade institiva de viverem em harmonia com a Natureza. Só nós nos roubamos e lhes roubamos isso.

Beijinhos

antonior disse...

Maria,

Já li a estória/história do teu Nabão e penso perceber o que me dizes. Até o que não dizes, mas acontece nessa relação.

Sensibilizou-me a tua sensibilidade para o facto de um cão velhote brincar como um cachorrinho. O Tintin também tem desses entusiasmos. Corre e pula quando percebe que vamos aos passeios diários. Eles fazem-no melhor que nós, isto de bricarem como crianças mesmo quando a idade pesa.

Beijinhos, com amizade

antonior disse...

Paula,

A ternura entre espécies, pura e despida de qualquer coisa que não seja a sua essência é um elemento estranho, mas essencial no espaço dos afectos.

Beijinhos

antonior disse...

Fá menor,

Lamento pelo amigo que partiu, mas espero que haja conforto na consciência e recordação dos bons momentos que fizeram a sua vida no lar que o abrigou.

Pelas palavras que li, certamente assim foi.

Beijinhos

antonior disse...

Deusa Odoyá,

Seja bem-vinda a este espaço.

De facto os animais têm extraodinárias qualidades. Algumas que nós não temos e que cuja ausência exercemos cruelmente sobre eles e não só. Esforço-me por contribuir para uma alteração dessa atitude.

Só ando pela blogosfera uma vez por semana, por isso irei nesta ronda visitar o seu espaço, com muito prazer.

Desejos de paz e serenidade.

Beijinhos

antonior disse...

Cristina Siqueira,

O Tintin é, realmente, um grande amigo. Gostei de o pintar. A sua representação não o eterniza, evoca-o, mas percebo o que dizes, projecta a sua imagem e recordação par além da sua presença física.

A vida curta dos cães é medida no confronto com a nossa longevidade média. Esforço-me por viver serenamente com esse facto, preocupando-me sobretudo em dar-lhe o melhor que posso, enquanto dura o seu tempo.

Saudações de amizade ao Lovan que, certamente, será um cão justo para com o nome que lhe foi dado.

Beijinhos

antonior disse...

Cris,

É verdade, nos olhos moram a magia e o mistério dos seres.

Lendo o teu comentário, imediatamente se visualiza o cenário recheado de animais que habitas. Na forma como referes a harmonia com que as espécies, raças e gerações convivem se percebe o olhar e a maneira como fazem sentido no cenário da existência.

Agradeço-te o comentário à pintura. De facto ela é uma representação que pretendo realista, completamente despida de ousadias estilísticas, porque nestes exercícios a pastel procuro um adestramento que é servido por este método. Acresce que começo a definir um objectivo para este tipo de trabalhos que, do ponto de vista conceptual, não possuem nada em comum com as pinturas com que tenho e teciono continuar a estruturar o meu caminho na pintura.

Beijinhos

antonior disse...

Kim,

O artista é o homem. Atrevo-me até a dizer que o homem é o artista. A sensibilidade existe em todos nós. A questão do seu uso é que depende de muitos factores que a soltam nalguns casos e a reprimem noutros. Há ainda o facto de as sensibilidades se orientarem, preferencialmente, em sentidos diferentes, conforme o indivíduo. E também de escolher métodos de expressão diferentes.

Tens razão! A nossa familia tem uma composição em que cada elemento tem o seu correcto significado no conjunto que vale por si. E tens razão o girassol é um Sol-que-gira e, claro, ilumina.

O Tintim manda cumprimentos amistosos aos dois amiguinhos que figuravam ao teu colo numa das fotografias que publicaste recentemente.

Um grande abraço para ti

antonior disse...

Lili,

Obrigado pelo teu sentir...em poucas palavras, mas importantes.

Desejos de rápida recuperação para essa mão que já pinta.

Beijinhos

antonior disse...

Ana,

Realizar uma representação visual que se pretende realista e saber que provoca a vontade de pentear é gratificante.

Como também o é partilhar estórias com tantos pontos de contacto com os amigos das outras espécies. As reacções que tenho recebido nestes últimos posts com os pastéis dos nossos companheiros é um sintoma de que há espaço para ter esperança de que o mundo mude na desumanidade com que muitos humanos ainda exercem a sua relação com as outras espécies e c, também, com os seus iguais.

Os melhores desejos para todos vós que estimam os animais nesse lar e, neste contexto, uma saudação especial do Tintin para o Biscoito e para os dois pequenos felinos.

Beijinhos

antonior disse...

Rebeca,

Obrigado pelas palavras para o Tintin e para o trabalho.

É a luz da sensibilidade que sempre valoriza os seus comentários.

Retribuo os votos de luz

antonior disse...

Pedro,

Julgo não conseguir expressar devidamente a especial satisfação e efeito emotivo que me provocou a chegada dos vossos comentários, o teu e o da Taís, relatando a vossa relação com o Guga.

A forma como vocês falam dos animais que vos acompanham na caminhada da existência, como referem o que está convosco e como expressas a memória e a saudade, nos silêncios das entrelinhas aos que já foram, confirma a convicção que tenho de que os espíritos dotados de sensibilidade e possuidores de esclarecimento estabelecem com o que os rodeia uma relação de harmonia e afecto.

A preocupação que expressas com o Guga, mesmo em face da sua saúde, subliha o que acabei de dizer.

Cumprimento-te por este comentário que aqui fizeste e te agradeço.

Um abraço amigo

antonior disse...

Tais,

Imensa e profunda verdade na tua crónica dedicada ao Guga. Na ronda que vou fazer amanhã aos espaços dos visitantes e comentadores de cá, irei procurar o texto completo no “Porto das Crónicas”.

Agradeço-te a referência a S. Francisco de Assis, que deveria merecer atenção priveligiada a quem tem a sensibilidade desperta para as relações que temos para com as outras espécies, o respeito que nos merecem e as responsabilidades que para com elas temos.

Foi uma experiência especial receber os vossos comentários, o teu e o do Pedro, falando do mesmo amigo, o Guga, manifestando toda essa expressão de afecto conjugada numa unidade a preencher esse lar.

Foi preciosa essa declaração sensível de sentimento e emoção dada quase em directo. Nunca acontece alguém escrever num comentário o seu estado de espírito no tempo e circunstância em que o fizeste. Cumprimento-te pela sinceridade da exposição que me honra a mim e, do meu ponto de vista, a todos os que por aqui passarem e lerem o que escreveste.

Estou seguro de que o Guga é merecedor de todo esse carinho.

Saudações caninas e alegres do Tintin para o Guga.

Beijinhos

antonior disse...

Maré,

Obrigado pelo apreço que manifestas pelo trabalho que mostro.

Para além das portas transpostas para uns e a transpor pelos outros, está o Mistério. O mesmo Mistério que nos "pega" nas mãos quando representamos o que está ou já esteve deste lado da sua verdade.

Beijinhos

antonior disse...

Eduardo,

perdão, Gwyn (daqui a pouco já falo com o Eduardo...)

Pois é meu amigo, simpatizo institivamente contigo, apesar do teu humor diagonal com que tentas provocar-me, invocando a tua fina linhagem e atestados de “pedigree” em face da minha “rafeirice”. Sabes muito bem que mesmo a mais desvalida “ralé” rafeira, mistura de proletários e puros ociosos vagabundos carrega nos genes uma aristocracia canina proveniente da sua ascendência comum “Canis Lupus Lupus”, formada por indivíduos que “falavam” com a Lua e tinham nos olhos os brilho das estrelas. Dignos emissários dos astros, sacerdotes universais.

Gosto de ti. Todos os amigos com que me cruzei na minha já longa vida, pertencentes à tua raça, foram amigáveis, sem exibirem agressividade, apesar, ou graças ao seu porte diversas vezes múltiplo do meu. Vejo-vos, diversas vezes, a exibirem despudoradamente a vossa inteligência e generosidade, ajudando os vossos companheiros humanos desprovidos de visão, substituindo os seus olhos. Como poderia não gostar de vocês?

Depois, tens essa coisa fantástica de afirmares o teu anarco-sindicalismo, formado em ciência política e monárquico de sangue-azul. Lembras-me o Banqueiro Anarquista, um livro que o António ( meu companheiro e amigo desde que me lembro...) estava a ler há um tempo e de que falava em voz alta, coisa de um tal Pessoa que ele lia muito. Cá eu sou mais simplesmente anarquista, mais recusa dos abusos do poder que são uma consequência inevitável do seu exercício. Fragilidade minha de ser um romântico codenado ao fracasso. Pena é que os práticos como no teu caso, com teorias de organização social estruturada sobre organizados movimentos produtivos em substituição do Estado nunca tenham conseguido aplicar-se. Neste mundo, quando se trata de utopia, meu caro, os práticos têm as mesmas hipóteses que os puros teóricos ou os ingénuos românticos como eu.

E assim te saúdo, com amizade, meu amigo dourado e de belo nariz de palhaço, como o meu...

Amiguinha Lai-si,

Deixo as manifestações de natureza mais íntima para o meu amigo Amarelo, que, já sei, vai aparecer retratado no próximo “post” deste blogue. Mas estou completamente emocionado com a esplêndida alma que mostras. Sensibilizado fiquei com os aspectos que comungamos na nossa existência: um passado de infortúnio e donos perplexos perante o panorama eleitoral que se aproxima. Bem, o meu dono sabe o que quer fazer, mas desencantado como está com todo o panorama político que vai a sufrágio, resta-lhe expressar isso mesmo, excepto no caso do Poder Local em que, entende ele, as coisas fazem outro sentido. Minha amiga, expresso-te a minha amizade. Somos a prova de que cães e gatos podem ser irmãos de afecto.

Caro Eduardo,

Você parece-me um humano de boa têmpera. Gosto da forma como se refere aos nobres animais que acompanha aí no espaço deles. As suas hesitações de análise conferem-lhe uma sensatez que dá mais solidez à sua expressão humana. Tem expressado uma espiritualidade de que também gosto. A consciência de que o papel dos seus companheiros de quatro patas é uma questão de karma, como tudo o mais, é disso exemplo. Cumprimento-o também com muita amizade.
Ah! O meu dono nomeou-me delegado para abordar o encontro com o Gwyn e a Lai-si. O Amarelo e a Mila também me andam a “picar” para tratar do assunto...

Um vosso amigo, sempre ao dispor
Tintim

ATENÇÃO: Ver comentário abaixo.

antonior disse...

Caro Eduardo,

Só um comentário como o seu me estimularia uma resposta assim.

Bem haja pelo que expressa e pelo divertimento que me permite na resposta.

Retribuo o abraço

antonior disse...

Canduxa,

As suas palavras sensíveis bebem água que corre no rio da sua relação com o Drup. Já partido, mas ainda presente.

No entanto, digo-lhe que acredito não ser possível fazer melhor por esses nossos amigos, e por nós, do que providenciar-lhes uma vida longa, saudável e com afecto. E, pelo que diz, tudo isso foi cumprido com o Drup. Nunca o esquecerá, mas acredito que um destes dias chegará o momento de investir mais alguns anos de afecto em mais um companheiro canino.

Aprecio o facto de referir que os seus filhos também amam os animais. Precisamos de uma humanidade assim. Precisamos de mostrar essa sensibilidade às gerações que nos irão sobreviver.

As suas expectativas de um retrato de mais um animal da nossa família no próximo “post” será cumprida.

Retribuo o abraço e os votos de paz.

antonior disse...

La vie en vert,

O tintin agradece o elogio!

De facto o teu comentário evoca uma circunstância que recordo, em face dele.

Quando recolhi o Tintin da rua, e pensei em dar-lhe um nome, decidi atribuir-lhe o de uma personagem de banda desenhada (um dos meus interesses e prazeres destacados, na altura) que me fosse simpática. Já noutras circunstâncias tinha usado nomes de personagens de Disney, então naquela altura decidi por Hergé. Ocorreu-me, realmente, o Milou. Mas quando falei no nome, sucedeu um levantamento popular constituído por família, amigos e vizinho, opondo-se com veemência. Diziam que, por cá, poucos conheciam o cão Milou e como era popular o nome feminino Milu que se pronunciavam da mesma maneira, toda a gente iria pensar que se tratava de uma cadela, e após a descoberta do equívoco, que eu estava a "amaricar" o animal. Ora, ponderando os riscos eventuais de isso acontecer e estar/-mos condenados a um folhetim permanente, acabei por dar ao meu amigo o nome do intrépido, simpático e bem formado repórter Tintin.
Aqui está a estória!

Beijinhos

antonior disse...

Minha querida Maria B.

Obrigado por achares que mereço.

Sabes que fica no meu cofre invisível, no coração e na mente.

Não fica apenas o sentido, como dizes, mas também o efeito.

Beijinhos para ti.

antonior disse...

Susn,

Obrigado pela apreciação sensível ao retrato do Tintin.

O que se vê nos olhos que estão à nossa frente é sempre um reflexo das suas vivências e do ser interior que elas criaram e que está atrás desse olhar. O olhar do Tintin reflete o bem que lhe fazemos, como o nosso reflete a amizade que ele nos dá...

Um abraço, também.

antonior disse...

Jorge,

A sabedoria é sempre um processo subjectivo. Em cada momento é um degrau numa escada de que só conhecemos, e mal, o princípio. O fim ninguém conhece.

A ideia Socrática (do outro, claro,400 a.c.) de que quanto mais sabemos, melhor entendemos a extensão da nossa ignorância é hoje tão actual com era então e, suspeito de que sempre o será.

Por exemplo, há alguns anos, atribuía-se em rigor estas ideias a Sócrates. Hoje põe-se até em causa a existência dele. As suas ideias confundem-se com as de Platão. Todo o conhecimento dele se estrutura nos registos deste último e de Aristóteles e Xenofonte, já que Sócrates não deixou nada escrito em seu próprio nome. Falamos, portanto, de uma das figuras basilares da cultura ocidental clássica...

Quanto mais conhecemos, mais descobrimos que não sabemos...ou como disse U.G. Krishnamurti aos que pretendiam divulgar a sua filosofia pelo mundo:
“Digam-lhes que não há nada para compreender.”

Um grande abraço também para ti

antonior disse...

Liliana,

Bem vida a este espaço.

É lúcida a atitude de reservar os comentários para a circunstância do conhecimento global do assunto a comentar. Demonstra empenhamento e seriedade de comportamento que aprecio.

Quanto aos elogios ao blogue, que agradeço, colocam-se como disse no teu blogue, numa perspectiva muito próxima da apreciação que faço aos conteúdos que publicas.

De facto não é necessário falar mais, aqui e agora, sobre a permuta de afectos com os animais porque temos uma consciência comum e esclarecida acerca deste assunto.

Agradeço o apreço e interesse.

Um abraço

antonior disse...

Silvana,

Dou-lhe as Boas-Vindas a este espaço.

Todos somos poucos para reflectir sobre temas relacionados com a nossa acção sobre o que nos rodeia.

Apreciei as suas saudações florestais que retribuo extensivas a toda a essência ambiental

antonior disse...

Zélia,

Seja bem-vinda.

O Tintim agradece o elogio!

Eu agradeço o comentário à pintura.

Espero que já tenha conseguido ver as fotos das publicações anteriores e que tenha tido interesse em ver os arquivos de Junho e Julho, porque é onde se encontram pinturas de carácter conceptual mais representativas da minha orientação nesta actividade.

Beijinhos

antonior disse...

Gabriela,

Bem-vinda. Foi boa decisão entrar assim, porque este é um espaço de portas abertas de par em par, onde não faz sentido pedir licença.

Espero que tenhas conseguido ver tudo o que te apeteceu. Pode ser aos poucos, porque, como disse as portas estão sempre abertas. Estou até com vontade de retirar as portas e deixar apenas uma enorme abertura para o mundo. Terei apenas de providenciar umas palas para a chuva e protecção para raios e coriscos, porque a blogosfera de tempos a tempos tem umas alterações climatéricas de pequena importância, mas desagradáveis. Como as que me levaram a moderar os comentários. Pequenos problemas comuns a todos.

É estar à vontade e nem é preciso preocupações de apagar a luz à saída, porque cá a luz é solar e o sol é generoso.

Beijinhos


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