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Este blogue é um espaço onde tento conjugar a divulgação do meu trabalho de pintura, através das publicações abertas a comentários, e a publicação de outras matérias na coluna lateral e nesta zona, ao alto da coluna principal.


Os assunto e conteúdos que aqui coloco, em paralelo com a pintura que faço, relacionam-se com as minhas opiniões e opções no exercício do acto de viver. Isso, como tudo, resulta de um compromisso entre livre-arbítrio e determinismo, de racionalismo e sensibilidade, de consciência e intuição, de ponderação e impulso.


Não será possível resumir neste espaço o meu pensamento acerca do mundo actual e do que é indispensável alterar para viabilizar um futuro, em que a nossa espécie assegure a sobrevivência da vida como a conhecemos, de uma forma que respeite a sua organização estrutural. Penso que em qualquer de nós tudo existe. A capacidade para fazer num sentido e no seu oposto. Cada um tem os seus conceitos de bem e de mal, se bem que há tendências mais universais. Para mim basta-me considerar por bem o que estabiliza, harmoniza, promove prazer e bem-estar, respeita e aceita e se constrói permanentemente na consciência da pertença a uma unidade global. A consciência do mal estará no extremo oposto. É uma forma simplista e não mais que um recurso para estabelecermos regras de conduta, para assumirmos a responsabilidade que os nossos recursos desmedidos para interferir no meio em que vivemos, nos confere.


A falta de um sistema político adequado para a gestão das sociedades que promova um papel social, de cada um, devidamente equilibrado no deve e haver, estabelecido no respeito sagrado pela dignidade de cada pessoa, é um sintoma de um mal que se avalia pelo exame da nossa História Universal. Se avaliarmos os registos da história política, das artes e do pensamento, verificamos que há um padrão de comportamento humano que é inerente à sua condição e que não tem mudado ao longo dos milénios. Depois vemos que tudo se repete, em ciclos. E verificamos que a velocidade das transformações evolui exponencialmente, porque tudo é um pulsar. A explosões sucedem-se retracções.


Neste momento não sabemos em que ponto estamos, mas sabemos que se não alterarmos o nosso comportamento, estaremos a construir uma destruição num apocalipse de dor e sofrimento em que a nossa arrogante inteligência fará a afirmação de ser a mais negra estupidez do Universo conhecido.




ASSINE PELA ABOLIÇÃO GLOBAL DA PENA DE MORTE

BASTA A POSSIBILIDADE DE INOCENTES SEREM CONDENADOS À MORTE PARA A ABOLIÇÃO SER IMPERATIVA


No passado dia 10 de Outubro foi o Dia Mundial pela Abolição da Pena de Morte. Duas semanas antes, a 25 de Setembro, o Brasil tinha-se tornado o 72º país a abolir a Pena de Morte do seu sistema penal, sem possibilidade de retrocesso.


Este é, ainda hoje, um tema polémico. Confrontados com a violência que espreita a esquina do quotidiano da pessoa mais serena e pacífica, e com a consciência que a divulgação mediática que existe dessa mesma violência muitos são os que apesar da sua boa personalidade cívica e humana, hesitam ou, nem por isso, antes apoiam a pena de morte como solução para conter e castigar os crimes que atingem inocentes.


Pessoalmente, expresso aqui uma opinião que assume uma série de implicações, pelo que não quero fazê-lo, sem fundamentar a minha posição e assumir a consciência desses fundamentos. Estou consciente do privilégio que representa nunca ter sido alvo de episódios de relevante violência. Consigo, talvez por defeito, mas quanto baste para entender o estado de espírito de quem sofreu sérias circunstâncias
de ofensas pesadas à sua integridade física, atentados ou até assassínios dos que lhe são próximos.Há casos e circunstâncias em que os ofendidos poderão encontrar argumentações que sustentem uma execução num caso específico. Há até casos de assassinos que querem morrer. Há muitos que até se suicidam no corredor da morte, seja pela incapacidade de lidar com a culpa ou com a desumanidade da tortura da espera. No entanto, há uma coisa de que todos temos de estar conscientes. Num determinado sistema penal há ou não há pena de morte. E temos de estar conscientes de uma outra coisa. Nenhuma lei que exista em qualquer país, para qualquer efeito, tem garantia de ser sempre exemplarmente aplicada. Os casos são julgados por pessoas e por elas são aplicadas as penas. As pessoas detêm poderes e têm interesses que, por vezes são difíceis de identificar até para os próprios porque estão nas esferas obscuras das ideologias e das afectações de carácter e que são determinantes nas decisões. Pesa, para mais, que a maioria dos locais onde a pena de morte ainda é aplicada, e onde é necessário que seja abolida, são aqueles onde os atropelos à isenta aplicação da lei são mais fáceis.


Não é defensável que estejamos vulneráveis à violência social. Sabemos que há seres humanos cuja monstruosidade de comportamento alimenta as vendas e audiências dos meios de comunicação com a evidência de que não terão a mínima viabilidade de recuperação. No entanto, defendo que as sociedades terão de encontrar métodos de prevenção e de regulação destes fenómenos que estão completamente associados à própria natureza humana e à forma como se gerem políticamente as sociedades. Acredito que um eficaz combate à miséria existencial e um sistema de educação humano e adequado resolverá uma grande parte do problema. A aplicação rigorosa dos direitos humanos, já reconhecidos, outra parte. Só que o que poderia ser fácil, não o é, e esse estado, demorará a ser atingido, se algum dia o for à escala global. Até lá, os crimes e as agressões continuarão. E a necessidade de lidar com eles, sem passar pela eliminação física do criminoso. Porque basta a possibilidade, em aberto, de um inocente condenado para inviabilizar que se possa manter uma lei que o permita. Nos Estados Unidos, onde ainda existe, como sabem, pena de morte nalguns estados, já se tem descoberto inocência, e conduzido à libertação de presos, numa espera que chega a durar 20 anos.


Perante estes factos só é possível defender a abolição da pena de morte, sem excepção do local geográfico, da natureza dos crimes, das características do criminoso ou do método de execução utilizado. É um princípio e um conceito a eliminar para atingir um mundo melhor.


Como nota final, registo o facto agradável de Portugal ter sido a vanguarda da abolição da Pena de Morte. Foi introduzida pela Reforma Penal de 1867, tornando-nos no primeiro país a aprovar uma lei desta natureza. Notável, para um país, em que em 1476, os registos reais dão conta daquilo a que chamam "uma lei mais humana" referente à decisão de D.Afonso V de proferir uma sentença em que só o marido podia matar a mulher culpada de crime de fugir ao marido, pecando-lhe na lei do casamento.


ATENÇÃO - ESTE VÍDEO MOSTRA A CRUELDADE HUMANA PARA COM OS ANIMAIS

Nos dias de hoje, só a ganância do lucro, o desprezo pelo sofrimento alheio e a crueldade para com as outras formas de vida, explicam as experiências com animais em laboratório, para fins médicos, cosméticos ou outros. No total alheamento pela dignidade da vida e pelo seu carácter sagrado, animais dotados de consciência e sensibilidade elevadas são torturados com objectivos militares e científicos, por vezes durante anos a fio, passando existências inclassificáveis. A engenharia genética que tem sido, tantas vezes, usada em más direcções, providencia afinal os meios que permitem avançar a medicina sem o uso deste tipo de práticas, mas elas continuam a ser usadas.
Impõe-se que todos os que temos consciência do mal no exercício destas práticas cruéis e que com elas não queremos pactuar, nos informemos, de quais as empresas que comercializam produtos ou medicamentos resultantes destas experiências. Felizmente o mercado actual dá alternativas para se evitar um consumo que suporte essas actividades.

NÃO À SENTENÇA DE MORTE - Não deixe o seu cão velho na rua, nas noites frias!

Chained Dogs

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Se tiver dificuldades com a língua inglesa faça uso da ferramenta de tradução do Google. Não é perfeita, mas permite-lhe ter uma ideia muito aproximada dos conteúdos.

MOSTRA VIRTUAL DE PINTURA

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

MILA, A FELINA QUE ESCONDE UMA ALMA SERENA

Em face de um quase forçado prolongamento do período entre projectos mais exigentes de pintura, dado que as necessidades de produção do próximo o estão a atrasar consideravelmente, continuo a fazer trabalhos em pastel, um pouco ao sabor da vontade do momento. Se tivesse previsto tanto tempo de paragem e podido avaliar que a colecção de experiências em pastel seria tão numerosa, teria criado um conjunto de trabalhos mais coerente, mas como “se” é uma das palavras mais perturbadoras da nossa língua, há que tratá-la com a delicadeza que exige e aceitar serenamente a circunstância.

Desta vez decidi fazer um retrato de um dos animais cá de casa, de um dos nossos companheiros e amigos de quatro patas. A gata Mila.


Mila totalweb

Mila

Pastel seco sobre papel negro

50x65cm – 2009


A Mila, como todos os três animais que nos dão o privilégio da sua companhia e amizade, entraram para a família saídos de um tempo de infortúnio. Apesar do seu “pedigree” persa e do seu ar imponente, quando a descobrimos vivia numa coelheira, padecendo de maleitas diversas. Acreditamos que era uma situação limite, mesmo sendo difícil avaliar os limites destas situações.

A Mila sempre nos impressionou com o seu ar altivo e poderoso, mesmo ao fim de prolongado cativeiro. Miava de forma pouco estridente mas autoritária. Na verdade, revelou-se no trato connosco, um animal paciente e afectuoso, totalmente desprovido de agressividade, ultrapassando, de longe e pela positiva, todas as experiências que já tive com gatos. As aparências iludem, nos humanos como noutras espécies. Ou talvez nem tanto. Com outros animais, a Mila é enérgica e corajosa impondo respeito a gatos de maior porte e até a cães pequenos. A lógica sempre existe, mas nem sempre é transparente.


Uma nota final para referir que, actualmente, a Mila exibe uma pelagem mais modesta, porque devido a uma combinação de circunstâncias infelizes foi forçada, há cerca de um ano, a fazer uma tosquia e o pêlo ainda não recuperou totalmente. Tudo o resto se mantém inalterável.


Mila detalhe web


“É maravilhoso encontrar um paradoxo. Em face dele temos esperança de progredir.”
Niels Bohr

53 comentários:

mariabesuga disse...

Pois de alma serena mas uma bicha de “atitude” é como se pode definir esta gata. Mila por ser o 5.º elemento da família assim se passou a chamar no primeiro dia connosco.

Persa Chinchila, gata de casa, supostamente nem lhe passaria pela cabeça caçar fosse o que fosse como qualquer gato de rua. Tudo certo até ao dia em que damos com ela no quintal a apanhar lagartixas, a tentar correr atrás das andorinhas… enfim… Seja mais ou menos “fina”, o instinto caçador da raça felina está-lhe nos genes seguramente mesmo que ela não saiba de que se trata nem como lidar com tal.

À parte disso, para quem como tu já teve experiências com gatas “assanhadas” é um prémio esta nossa gata peluda e mimenta.

Aqui apresenta-la de porte ainda mais altivo que o que lhe é característico não deixando de ser um retrato fidedigno da pelagem até à alma e essa é a tua parte neste trabalho que nos apresentas.

Mais um a pastel, matéria com que te estás a relacionar muito bem. De resto estão à vista os resultados que em termos técnicos revelam estes em relação aos primeiros a evolução expectável. Estão aí… a conquistar o seu próprio espaço na tua linha de preferências, exigindo que não os ponhas de parte quando te dedicares de novo aos óleos sobre tela do próximo e exigente trabalho.

Mais bichos virão que eu sei… Aguardo…

O meu beijo sempre

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

belissimo trabalho.

penso que daria uma boa capa de um livro, lembro de um da Poesis em que fui co-autora e que a capa era também um gato.

gostei muito, aliás eu gosto de gatos.

deixo um abraço

Laura disse...

Olá Pintor! Já conhecia a Mila, apresentada pela Maria e pelo Janita! Já sabia da sua história e ai é possivel ver que; quem ama e ajuda os animais, dificl seria não fazer o óbvio por algum ser humano que estivesse nas mesmas condições!
É lamentável que alguém a tenha deixado prisioneira e doente, mas, sabemos que há seres humanos dispostos a tudo, até a ignorar o sofrimento!...

Como sempre, a Arte aliada à realidade! Desejo-vos dias felizes na companhia de tão bela siamesa!...

E, que possa fazer desaparecer os Ses da vida, ficando com mais tempo para realizar os ses que ficam pelo caminho, em sonhos, em gestos! em quereres...
Beijinho e abraço da laura.

Sangue é vida que se Dá disse...

A gata é linda, mas em pitura,,é uma pintura linda,só tenho pena de nao ter uma assim ,felina,astuta e meiga ,muito bem tratadinha, Mila,um miminho da tia para ti ,e os parabens ao autor da pintura,é mais um exito,deixo por aqui o meu abraço .

Carmem Dalmazo disse...

Antonior!

Que linda a Mila!...
Amo os animais, tenho gatos e cachorros no sítio e aqui em casa tenho a Minina e um gato bem pretinho que chamamos de Dudu.
Já tivemos uma Mila também, porém era uma cadela Fila baia muito linda!
Tivemos que doar a um casal de amigos pois ela se tornou perigosa pelo fato de morarmos do lado de uma escola. As crianças queriam estar sempre perto dela e ela não gostava muito. E antes que acontessesse o pior, doamos. Ela está ótima...vive solta no campo e já tem filhotes lindos!

Muito bonita a pintura a Mila!

Beijo

Sofá Amarelo disse...

Excelente exemplar de uma força e uma expressão que lhe conferem a personalidade e a serenidade de quem não precisa de provar nada ... o que refiro para a Mila refiro também ao pintor...

O maior abraço!!!

poeta_silente disse...

Antonior!
Lembro a primeira vez que vcs falaram da Mila. Não esqueci, pois gosto demais de gatos. Perdi um que era muito mimoso, por total falta de respeito e honestidade de um vizinho, que colocou veneno para ratos, sem avisar. Ele sabia que meu "Vavá" sempre descansava ao sol, pelo muro dali e, por vezes, descia e ia para cima de umas madeiras que havia no pátio da residência deste vizinho. Ele não incomodava, pois era um gatinho caseiro. Puro, com pedigree, mas caseiro e mimoso. A falta de aviso culminou com o uso do veneno como comida, pois ele só comia ração desde pequeno e o veneno era igual à ração que ele estava acostumado a comer.
Assim, cada vez que vejo algum assunto a respeito de gatos, me emociono e não esqueço. Tua pintura é linda! De grande valor artístico e emocional.
Os animais só nos dão alegrias.
Parabéns pelo trabalho.
Deus os abençoe.
Miriam

Luna disse...

Que bom que a Mila no meio do seu infortúnio encontrou uma familia que a ame, eu também tenho duas gatinhas, a Diana e a sua filha Farrusca que já nasceu cá em casa , eles deixam de ser bichinhos e passam a fazer parte da familia.
A Mila é linda e a forma como a desenhaste também
beijos

Ana Oliveira disse...

A história é comovente.
O "retrato" um belo trabalho. Por isso gosto tanto do pastel, tão solto, tão vivo...

Um beijo

Ana

Cândida Ribeiro disse...

Antonior,
Fiquei presa a esta pintura da Mila. Além de linda consegui sentir toda a serenidade e magia que ela transmite.
Uma sortuda esta Mila...ter uns donos que a amam e acarinham. Também tenho dois gatos lindos, pretos, que fazem as minhas delícias.
E...ainda há humanos que não gostam de animais!
Parabéns por esta maravilha.
Muita paz

Maria disse...

Antonior:

Felina sim. Mas com um certo ar doce. Linda, mesmo não sendo o gato o meu animal. Talvez por sermos ambos independentes de espírito, eu e os gatos não nos damos bem. O que não quer dizer, que não lhes reconhrça as inúmeras qualidades. A Mila tem porte de Rainha.
Beijinho

Paula Raposo disse...

Sou leiga em pintura. Só sei que gosto ou não gosto. Este pastel está lindo! Beijos, obrigada, porque vou aprendendo sempre mais quando aqui venho.

cristinasiqueira disse...

Oi meu querido,

Agradeço suas passagens positivas pelo meu blog.Gosto de seus comentários.
E que força expressiva da Mila como você a vê.Rara felina,imortalizada em amor humano,o seu.

Volte sempre,

Com admiração,

Cris

Fá menor disse...

Que pena já não poder comentar nos posts em baixo... agora que cheguei, atrasada, mas deliciei-me com as magníficas pinturas e descrições, então aquela dos macacos, cujo título me cativou, é de uma ternura infinita.

Esta gatinha revela personalidade, conseguiu retratá-la magnificamente na pintura.

Obrigada pela sua sempre presença nos meus blogs.

Beijos

Andradarte disse...

Tomo estas minhas vindas até aqui,
como visitas de estudo.
Abraço

Osvaldo disse...

Caro Antonior;

A Mila é retratada de uma maneira que mesmo Liotard ficaria fascinado. Certamente ele se perguntaria como seria possivel que alguém "retratasse" um animal melhor que ele.

Nem preciso lhe diser que estou fascinado com o seu estilo e acredita, caro Antonior, que estilos dos mais variados artistas, vejo diáriamente.

Um grande abraço para um Grande Artista.

Osvaldo

AFRICA EM POESIA disse...

antonior

obrigada pela visita..
nós vamos caminhando este fim de semana andei a dar umas pinceladas pois 2ª feira vou ser operada à mão e devo ter que estar um pouco com a mão "quietinha"
um beijinho


Adorei o pastel e a tua...gata...
Animais é alegria da minha casa...

rafael geremias disse...

Que habilidade com pastel. Já devo lhe ter dito isto, mas é sempre bom reforçar alguns elogios.

Deve realmente ser uma gata belíssima, dos animais o unico que acho belo.

Abraço

Rafa

P.S.: Ah, adoro suas respostas acerca dos comentários nossos, demonstra dedicação e carinho por cada um de nós.

Kim disse...

Que imponência Antonior!
Isto não é uma gata. Parece a alma reencarnada duma qualquer deusa egípcia.
Bem bonita a tua Mila!
O eterno problema é a sua curta passagem pelas nossas vidas.
Um abraço amigo

Kim disse...

Continuo fascinado com os "pastéis" que aqui vais deixando. São de comer e chorar por mais.
Parabéns!

Berro d'Água disse...

Ah!... Eis a Mila e ela está bem nesse retrato e com um ar bastante senhorial... Talvez até um tanto severo, mas afinal ela sempre teve lá uma necessidade de mostrar-se firme e decidida e nós sabemos que essas coisas em felinos, não passam de aparência, pois são sempre muito fáceis de serem adocicados. Basta um afago e lá estão eles a ronronarem!!!

O pelo e o olhar chamam minha atenção!!!

Quanto ao meu pé fraturado, esse recupera-se com normalidade e para completar, feri o outro pé no domingo que passou. Agora estou despezada!!! Fiz uma fratura no Hálux - ou dedo grande do pé, como costumamos chamar corriqueiramente essa parte do corpo - e um corte bem profundo na raíz da unha, que fez com que ela se descolasse de trás para frente, ficando presa apenas por um pequeno pedaço em um dos lados. Está tudo preto decorrente do enorme hematoma que se formou e bastante edemado. Resultado: mais tempo para a recuperação, mas que servirá para eu ler mais uns livrinhos!!! Nada se perde e tudo acaba sendo transformado!!!

Um beijo e um excelente domingo aos dois!!!

Cris

maré disse...

é um, mais um, paradoxo da condição humana. o animal racional
enquanto carrasco...

eu tenho a minha Micas. "minha" como quem diz ela, que habita cá em casa e me veio parar aqui, sabendo da admiração que tenho pela independência única destes bichos.

é fantástico o "retrato"

um beijo, dois...

Unknown disse...

Sou a Li-si, gata encontrada pela minha dona, Rita, na estrada que liga Brejenjas a Santa Cruz ( Torres Vedras ). Estava cheia de piolhos e miei assim que a vi. Era o Karma, como o pai da Rita diz. Em linguagem popular: o destino. Foi no dia dos anos da Rita. Ela não teve coragem. Levou-me para casa. Baptizaram-me de Lai-si, nome chinês, que significa " presente, oferta ". Eu fui oferta do céu à minha dona no seu aniversário. Já passaram 4 anos.

Agora falo eu, pai da Rita e teu verdadeiro dono, pelo menos financeiro: já te paguei 3 operações cirúgicas: uma, à bacia, quando te atiraste. da primeira vez, do quinto andar para a rua; Outra, à pata, que partiste e ao palato, porque resolveste atirar-te de novo, com o mesmo argumento: estavas muito bem, a cismar, quando passa um pardal. Como és caçadora, atiras-te. E outra operação, já me não lembro.
És linda, mas és maluca. Tens ums olhos verdes intensos, de felino, mas és tão meiga e tão doce. Nunca vi gata assim. Como tu não há igual.
Acho que a Mila havia de gostar de te ver a saltar sobre os móveis, a pular rapidíssima sobre o meu cão, Gwyn, que sendo Retriever gigante e possante, abre fileiras para te deixar passar, a correr com uma velocidade meteórica por toda a casa, a caçar mosquitos e moscas, a olhar para o alto para ver se pode subir ainda mais o nível do solo que deseja pisar, a saltar para cima dos bibelots matematicamente sem partir nenhum...
Sim, as estórias que eu tenho para contar sobre ti em apenas quatro anos de vida...
- És o meu karma- ouço-te eu a pensar, gata vadia, que devias ter ficado na Mãe-Natureza, mas que o destino, como se diz em linguagem popular não quis...

Lídia Borges disse...

Alma de poeta e mãos a abarrotar de talento é o que aqui se pode ver e sentir.

Lídia.Borges

~*Rebeca*~ disse...

Antonior,

É incrível essa sua sensibilidade na arte... parabéns!

Que seu começo de semana seja de luz, querido amigo.

Rebeca

-

dade amorim disse...

Os gatos são seres muito sedutores. Tenho tido um ou dois em casa desde a infância (você nem imagina há quanto tempo :), embora no momento esteja sem companhia. Gosto deles e de seu temperamento independente e a indiferença que aparentam, mas que na verdade não é real. Sua pintura está excelente, traz a felina em toda sua majestade - e pelos!

Um grande abraço e felicidades para vocês.

lupuscanissignatus disse...

deusa

grega


[imponente]

[impressiva]


*abraço*

antonior disse...

Minha Maria Besuga

Pois de facto, a Mila sendo a única fêmea no triunvirato dos animais de casa, extra o
galinheiro, traz como dizes, nos seus genes uma dialéctica entre a suavidade doce necessária ao exercício da sua maternidade, afinal frustrada, à semelhança de tantas mulheres, e tal como com elas, por efeito dos ditames da gestão contra-natura que a humanidade actual, faz, quais deuses de uma tecnologia médica e
genética, em relação ao que são estruturalmente as suas motivações fundamentais, e o impulso da Amazona felina que cavalga equídeos celestes em campos de caça celestes. Campos em que pássaros e répteis, à sua dimensão, para nós pequena, são
os seres com que se relaciona num mistério de existência sem escolha,de modo puro e Amoral, nunca Imoral, já que o conceito de
Imoralidade só se pode aplicar à virulenta espécie "Homo Sapiens".

O pastel vai tecnicamente fazendo o favor de se deixar trabalhar,
passando lentamente do medíocre ao suficiente. Mas está adoptado, talvez como técnica secundária, mas assegura o meu interesse.

Tens razão, mais bichos virão...

Sempre beijos para ti.

antonior disse...

Piedade Sol

Obrigado pelo apreço pelo trabalho.

Trabalhei durante muitos anos a fazer design gráfico, actividade que aliás estou a recuperar, porque esta coisa da pintura precisa de complementaridade por razões de ordem prática, sobretudo neste tempo, mas nunca fiz uma capa para um livro, coisa que não
enjeitaria.

Saúdo o afecto pelos gatos. Oxalá seja extensível a cães e outra
espécies...

Retribuo o abraço

antonior disse...

Olá, Laura!

Percebo o teu comentário em relação ao amor aos animais e aos
seres humanos...
Digo-te o que penso.
Cada um de nós, tem uma maneira de sentir e olhar o seu redor que
resulta do que Deus lhe deu e do que fica do encontro entre isso e
as experiências que o próprio meio e as outras pessoas lhe vão
dando pela vida. Disto depende o exercício do Amor em cada um. A
capacidade de dar é, habitualmente condicionada pela avidez em receber, e esta influenciada decisivamente pelas carências, traumas e frustrações que existem em todas as vidas. Em face disto cada um tem a sua própria capacidade de amar o que lhe é externo, na dose, no empenhamento e na forma que lhe é própria e única. Portanto, para mim, o amor, é uma atitude global, que se expressa de forma diferenciada conforme o tipo estrutural da permuta que se estabelece, tendencialmente, ou se prespectiva com o objecto desse amor. Mas é, na essência, uma única capacidade que se manifesta segundo um modelo próprio a cada um.

Agora, o passo seguinte. A relação afectiva com a Natureza no geral e com o mundo animal, em particular, é de exercício mais fácil do que com os outros seres humanos. Estabelecem-se regras de permuta que uma vez assumidas, só em condições de excepção dão lugar a decepções ou traumas. Por exemplo, uma pessoa pode adorar cães durante vinte anos, e um dia sofre uma agressão de um e não consegue isolar psicologicamente esse indivíduo. Logo passa a recear e a
odiar cães. Felizmente nem sempre é assim. O exercício do Amor,
como todos sabemos e de que maneira, é muito mais complexo e
difícil entre seres humanos. Porque as opções de relacionamento e as opções objectivas entre as pessoas são orientadas pelo acaso e pelos impulsos de atracção muito mais do que pela aferição prévia
da possibilidade de gerir as relações e os afectos de forma
harmoniosa entre si. Assim, e em consciência de que os modelos de exercer o afecto são tão diversos, o espaço para equívocos e despontamentos é enorme. Com os insucessos acumulados ao longo de anos de relações frustradas que é o que corresponde dominantemente na história contemporânea dos afectos desenvolve-se um desencanto e um descrédito que resulta, em dado momento, numa recusa de aproximações e crédito de confiança para evitar sofrimentos adicionais. Essas pessoas, decidem frequentemente, aplicar os seus sentimentos
preferencialmente aos animais e à Natureza porque, no seu ponto
de vista são as únicas relações puras e fiéis na correspondência.

Tantas vezes ouvimos: - Quanto mais conheço as pessoas, mais gosto dos animais...

Numa palavra, não desiludem.

É assim, Laura...a complexidade humana nos Mistérios da existência.

Beijinhos


P.S. - A nossa Mila, é uma Persa....não siamesa...

antonior disse...

Rosa,

Bem aparecida sejas!

Pareces-me a candidata perfeita para salvar uma gata felina, astuta e meiga de um qualquer fim triste. Podes fazê-la passar a ser muito bem tratadinha como dizes. Para quem tem acesso à net, como tu, há muitos, muitos sites de gatis que oferecem animais. Até podes escolher o olhar mais meigo. Se quiseres dou-te links. Se realmente sentes como dizes, não deixes de o fazer.

Obrigado pelo abraço que retribuo.

antonior disse...

Carmen,

Quem visita os seus blogues percebe o amor pelos animais. Já tive oportunidade de o fazer e renovo cumprimentos por essa
sensibilidade. Envio também as saudações da Mila, do Amarelo e do cão Tintin para a Minina, para o Dudu e, mesmo lá longe, para a cadela Mila e para os filhotes.

Obrigado pelo comentário à pintura.

Beijinhos

antonior disse...

Caro Sofá Amarelo,

Bem-vindo a este espaço!

Obrigado pelas palavras com que apreciou o trabalho. No que toca à
Mila, como a conheço, sei que sendo ela uma exímia praticante de
uma elevadíssima filosofia Zen, só ao alcance da raça felina, não
sente, realmente, necessidade de provar nada. Já no que toca ao
pintor...na sua imperfeição humana, está condenado a necessitar sempre de provar alguma coisa, nem que seja que consegue trilhar os caminhos para o Nirvana, mesmo que nunca lá chegue...

Retribuo esse abraço.

antonior disse...

Miriam,

O meu repúdio pela atitude do teu vizinho, infelizmente comum a
outros humanos desumanos que todos vamos encontrando aqui e ali, só encontra paliativo no carinho que muitos de nós damos aos animais com que podemos conviver e à distância, aos outros. Esse
afecto que manifestas no teu comentário, que saúdo, e reconheço
ser absolutamente coerente com o carácter que sempre manifestas.

Que as alegrias que os animais te dão iluminem sempre os teus
dias, porque neles também encontras Deus, certamente.

Beijinhos

antonior disse...

Luna,

Saudações da Mila à Diana e à Farrusca.

Os restantes bichos da familia também mandam cumprimentos
extensiveis à Diva e ao Flek.

Obrigado pelo comentário à pintura.

Beijinhos

antonior disse...

Ana,

Obrigado pela sensibilidade à Mila e ao trabalho.

O pastel é um material com virtudes e problemas, mas dominado dá resultados que me satisfazem muito.

Beijinhos

antonior disse...

Canduxa,

Que mais posso desejar após expor a pintura de um retrato que os
observadores sintam a alma e a caracterizem o retratado. De facto, entre outras coisas, a nossa Mila é mágica e serena.
Não é apenas a Mila que tem sorte por nos ter. Ter a companhia de
um ser especial como ela é também um privilégio.

Votos das maiores alegrias dos felinos negros.

E...os humanos que não gostam de animais não sabem gostar de si, de amar a sua mais elevada essência.

Obrigado pelos parabéns.

Retribuo os votos de paz. Acrescento Luz.

antonior disse...

Maria,

Mesmo não sendo o gato, como dizes, o teu animal, a tua
sensibilidade e entendimento da sua essência revela-se no teu
comentário e nas tuas estórias de animais em que tanto aparecem.

O Nerhu, o Grilo, o Narizinho e a Pérola fazem partem de uma galeria a que o gato Mago espreita com uma piscadela de olho.

Beijinhos

antonior disse...

Paula,

Já me tenho expressado em relação à subjectividade da importância
da apreciação dos objectos de arte pelos mais formados e/ou
informados em relação ao observados comum, mas interessado.

Concordo que quanto maior é o conhecimento de qualquer coisa,
mais específicamente conseguimos com ela criar um relacionamento
específico, no contexto da consciência decorrente do conhecimento.

No entanto, tenho uma visão democrática e popular da arte, como de tudo, pelo que não dou qualquer privilégio à visão elitista de que a arte é só para quem está preparado para a entender. Por isso me dou tão mal com os equívocos de alguma da chamada "arte actual".

Se visitar alguns dos primeiros posts deste blogue, encontrará mais opiniões a este respeito.

O seu "gosto ou não gosto" é importante. Venha sempre e comente, quer goste ou não goste. É sempre igualmente bem vinda, de
qualquer das formas.

Beijinhos

antonior disse...

Cristina,

Apreciei as suas palavras sobre o retrato da Mila e sobre a forma
como entende o processo criativo envolvido e as suas emoções.

Claro que voltarei ao seu espaço, que está no meu roteiro.

Um abraço

antonior disse...

Fa Menor,

Por uma questão de facilitar a gestão deste blogue na interacção
com os visitantes optei por canalizar os comentários para o último post. Ficam mais visíveis para todos os visitantes, sem prejuízo de poderem aludir a posts anteriores. Basta que o facto seja referido, como foi o caso do que fez no seu comentário.

Obrigado pela apreciação à pintura.

Beijinhos

antonior disse...

Caro Andrade,

Uma das compensações do relacionamento entre as pessoas de
boa vontade, é que das permutas que se estabelecem, todos se
enriquecem. Todos aprendemos uns com os outros.

Venha sempre, que as portas deste espaço estão abertas de par em
par. É bem-vindo.

Retribuo o abraço.

antonior disse...

Caro Osvaldo,

Penso que também nem preciso de lhe dizer como fiquei impressionado com o seu comentário. Foi um tiro benévolo
directamente dirigido ao centro do ego. Na verdade, não me sinto
merecedor de comparação com Jean-Étienne Liotard, nem remotamente, mas o facto de aos seus olhos isso ser possível dá-me um ânimo desmedido.

Mais lhe quero dizer que o apreço assim expresso, por uma pessoa
por quem o meu respeito aumenta a cada visita, em face da cultura,
sensibilidade e carácter humano demonstrado no conteúdo das
publicações e dos comentários, tem para mim um especial valor e a
sua correspondente responsabilidade.

Retribuo o seu abraço, com amizade.

antonior disse...

Lili

Faço votos de que tudo tenha corrido bem na cirurgia e de que a
mão esteja a recuperar bem e rápido. Para que não apareça o
formigueiro da vontade de pintar, sem poder.

Obrigado pelo comentário ao trabalho e à Mila.

Beijinhos

antonior disse...

Rafa,

Os comentários sinceros, sentidos e objectivos são sempre bem vindos. Os elogios e os reparos, desde que devidamente estruturados são igualmente apreciados. Por isso os seus elogios são gratos. Não deixe de o dizer se gostar menos, também.

Um destes dias colocarei uma fotografia da Mila, na secção de
fotografias da coluna lateral para poder ser feita a apreciação da
correspondência do retrato.

Um abraço

antonior disse...

Kim,

Vou continuar a servir "pastéis" com alguma regularidade,
espero...que te continuem a abrir o apetite e a secar as lágrimas.

Obrigado pelos teus parabéns.

A Mila está toda vaidosa pelos elogios do seu admirador. Diz que
realmente teve uma antepassada, por via de um ramo genealógico
de uma tia-avó, que viveu no Egipto. Só que acabou envolta em tiras de linho branco, acompanhando o seu dono, um escriba da corte do faraó Amnófis IV, mais conhecido como Akhnaten.

Por isso ela prefere andar por cá neste espaço e tempo. E todos por cá nos confortamos dando-lhe qualidade para compensar a quantidade de vida dessa amiguinha.

Um grande abraço.

antonior disse...

Cris,

É verdade, a Mila é assim. Algum tempo atrás fomos vaciná-la e o
veterenário um senhor com considerável experiência, em face da idade dela, já mais de dez anos, disse:

- Incrível, ainda ronrona como se fosse uma gatinha...

Lamento essa sucessão de azares que estão a afectar os teus pés.

Resta-me desejar uma rápida recuperação e boas leituras.

Beijinhos

antonior disse...

Maré,

É de facto um paradoxo que a nossa racionalidade nos torne irracionais em relação à responsabilidade de respeitar as
implicações da condição humana e da sua capacidade crítica em
relação ao que nos rodeia, ao que nos é externo...

Saudações da Mila à Micas.

Obrigado pela apreciação ao retrato.

Beijinhos

antonior disse...

Olá Lai-si,

Sê bem-vinda a este lugar. Sente-te em casa, por favor. Este é um
lugar de uma Fénix que vive, revive e renasce no amor por todas as formas de vida e que estima especialmente os seres que se
depuram pelas estradas do infortúnio. Como te aconteceu a ti.

Compensou-te o teu Karma ao cruzar o teu caminho com a Rita e
restante família. Eles são a tua "lai-si" como tu és para eles.

Olá Pai da Rita, caro Eduardo,

Nunca gostei de conceitos tipo "top ten", listas para a ilha deserta, etc., mas numa lista de destaques a comentários este lá estaria, seguramente.

Mais não digo do que destacar a magnifíca Alma que expressa nas
palavras que escreveu.

Deste lado a Mila, o gato Amarelo e o cão Tintin, mandam
saudações à Lai-si e ao Gwyn.

Um abraço.

O nosso Karma e a forma como o aceitamos ou recusamos implica a
diferença entre caminhar ou ser arrastado...

antonior disse...

Lídia,

O meu agradecimento pela forma de ver e sentir o que aqui foi
publicado.

antonior disse...

Rebeca,

Obrigado pelos parabéns e pela atenção no olhar para o trabalho.

Retribuo os votos de luz e bem-estar.

antonior disse...

Dade Amorim,

Quem se acompanha por animais de casa, bem sabe as particularidades dos gatos nas sua especificidade de manifestações de afecto tão contrastadas no aspecto e no conteúdo perante a nossa apreciação humana.

Obrigado pelas palavras dedicadas à pintura.

Um abraço.

antonior disse...

Lupussignatus

A gata que alguns dias se sente deusa, nunca grega, mas sempre
impressiva e imponente (excepto quando teve de se sujeitar a uma
tosquia) saúda o Lobo Ibérico e agradece.

O responsável pelo post retribui o abraço.


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